PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana
Continua após publicidade

O impacto financeiro do aquecimento global em 2018

Relatório de organização internacional mostra que pelo menos dez desastres climáticos geraram despesas na casa de US$ 1 bilhão

Por Guilherme Eler
27 dez 2018, 14h36

Tão certo quanto o especial de Natal do Roberto Carlos na TV, o aumento anual das emissões de CO2 segue implacável desde a Revolução Industrial. Em 2018, mais uma vez, a humanidade bateu seu recorde: mesmo com os esforços internacionais – leia-se Acordo de Paris – pressionando os países a diminuir a poluição do ar, fechamos o ano com um saldo de 37 bilhões de toneladas. Um total 2,7% maior em relação ao ano anterior.

É normal que as temperaturas da Terra oscilem de tempos em tempos. Muito antes de existir Homo sapiens para contar história, a Terra já havia passado por várias glaciações. Mas sabe-se hoje que a ação humana desregulou esses ciclos, e acelerou a chegada de um período de calor mais intenso.

O principal resultado disso é a maior incidência de desastres ambientais. Pode ser que você não se lembre, mas 2018 registrou vários casos do tipo em todo o mundo  entre enchentes, incêndios de grandes proporções, furacões, secas e muito, muito calor. A tendência é que tudo seja cada vez mais comum.

Além de fazer crescer o número de mortes, desabrigados e engrossar o total de perdas materiais, problemas causados por alterações drásticas do clima acabam fazendo estrago também no bolso dos países. É o que mostrou um relatório elaborado pela organização cristã de ajuda humanitária Christian Aid, que tem sede no Reino Unido.

Segundo o levantamento “Contando os custos”, elaborado pela entidade, os 10 eventos mais devastadores de 2018 ligados ao aumento das temperaturas tiveram danos econômicos que ultrapassaram US$ 1 bilhão.

Continua após a publicidade

Quatro destes, ainda, superaram a marca dos US$ 7 bilhões. Integram o grupo os furacões Florence e Michael, que arrasaram o sul dos Estados Unidos entre setembro e outubro deste ano. Contando somente o prejuízo financeiro, estima-se que os fenômenos tenham tido impacto de US$ 17 milhões e US$ 15 milhões, respectivamente. Segundo pesquisas, as chuvas do período tiveram intensidade até 50% maior graças à interferência humana no clima.

Ainda nos EUA, os incêndios que atingiram a Califórnia em novembro e deixaram dezenas de mortos somam impacto de US$ 7,5 bilhões. O mesmo montante vale também para a onda de secas da Europa, que teve início ainda em maio de 2018 como destacou a BBC, mudanças climáticas causadas pelo homem dobram a chance de eventos do tipo. Completam a lista as enchentes entre junho e julho no Japão, que tiraram 250 vidas e oneraram o país em pelo menos US$ 7 bilhões.

O top 10 de desastres com mais impacto financeiro conta, ainda, com ondas de enchentes na China (US$ 3,9 bilhões) e Índia (US$ 3,7 bilhões), e secas na Argentina (US$ 6 bilhões), África do Sul (US$ 1,2 bilhão) e Austrália (US$ 5,8 bilhões). Nas Filipinas e na China, os custos relativos à passagem do tufão Mangkhut podem ter chegado aos US$ 2 bilhões.

Continua após a publicidade

E a tendência é que, para os próximos anos, o cenário seja parecido. “Apesar do impacto que alterações climáticas extremas tiveram no mundo, o ano de 2018 não deve ser exceção. Na verdade, é provável que seja um ano qualquer”, diz o relatório da Christian Aid. “Projeta-se para 2019  a ocorrência do fenômeno El Niño, que causa um aumento natural nas temperaturas, fazendo com que o ano que vem seja, ao que tudo indica, ainda mais quente”.

De acordo com Organização Mundial de Meteorologia, 2018 foi o quarto ano mais quente da história, com médias de temperatura globais até 1ºC mais elevadas do que costumavam ser na era pré-industrial.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.