O lento passar dos séculos
Quando os ingleses conquistaram a região, em 1810, adotaram-no como mascote. Em 1908, ele ficou cego. Só dez anos depois o velhusco quelônio caiu num buraco e veio a falecer.
Nenhum animal sopra tantas velinhas no aniversário quanto o vagaroso jabuti (Testudo sumeirii). Prova disso é a curiosa história de um desses quelônios – cujos restos empalhados podem ser vistos ainda hoje no Museu Britânico, em Londres. Em 1766 (ou seja, 13 anos antes da Revolução Francesa), o explorador francês Chevalier de Fresne levou das Ilhas Seychelles para as Ilhas Maurício um jabuti já adulto, provavelmente beirando os 40 anos. Quando os ingleses conquistaram a região, em 1810, adotaram-no como mascote. Em 1908, ele ficou cego. Só dez anos depois o velhusco quelônio caiu num buraco e veio a falecer. Estima-se que, no dia de sua morte, o jabuti tivesse pelo menos 180 anos. Não há registro de outro animal que tenha chegado a tão provecta idade – embora as tartarugas das Ilhas Galápagos sejam famosas por atingir facilmente os 150 anos de vida.