Trata-se de um véu finíssimo, um trilhão de vezes mais rarefeito que o ar terrestre, e sua composição, ainda desconhecida. Terá pouco a ver com o oxigênio essencial a vida. Ainda assim, está provado: mesmo a Lua tem uma atmosfera, magnificamente fotografada este ano pelo astrônomo americano Michael Mendillo e pelo estudante Brian Flynn, ambos da Universidade de Boston. O envelope de gases, que há muito tempo se suspeitava existir, parece ser inteiramente reciclado no prazo de poucos dias ele se esvai depois de brotar das rochas, que são aquecidos por um bombardeiro e de fótons (as partículas da luz).
O calor arranca uns poucos átomos da superfície junto à qual se encontram em média 50 átomos de sódio gasoso por centímetro cúbico. Embora não seja o mais abundante dos gases, o sódio foi escolhido para avaliar a quantidade de ar existente na Lua por se o mais visível. Na imagem obtida, as cores mudam conforme a quantidade de sódio, que cai com a distância e se esvai por volta de 8 000 quilômetros do centro da Lua.