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O veneno do bem

Na Bíblia, a serpente aparece como emissária do mal: convenceu a pobre Eva a comer o fruto proibido. Mas cientistas brasileiros estão desmontando essa imagem negativa ao tirar remédios sensacionais da cascavel e da jararaca.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h47 - Publicado em 1 abr 1997, 01h00

Ricardo Chaves Prado

Imagine que você cortou o rosto e, em vez de dar pontos, o seu médico passa uma supercola feita de sangue de boi e veneno de cascavel. Isso pode mesmo acontecer. Mas não se assuste. A história moderna das serpentes não tem nada a ver com o medo ancestral que inspiram. Para a ciência, elas guardam produtos utilíssimos nas glândulas letais. O mais recente é uma cola de pele genuinamente brasileira, que, segundo os testes já feitos, dá uma cicatrização perfeita.

A descoberta pertence à equipe do professor Benedito Barraviera, da Universidade Estadual Paulista, em Botucatu. E não é a primeira feita no Brasil. Nos anos 60, o médico Sérgio Ferreira, atual presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, descobriu na jararaca uma molécula que em 1977 virou remédio contra a hipertensão. Aqui você vai conhecer a história dos brasileiros que estão retocando a imagem das serpentes. Com toda justiça. Na mitologia, antes de estar associada ao pecado, a serpente representa o saber. Agora o conhecimento faz do veneno uma substância do bem.

Sai o ponto, entra a cola da cascavel

As colas de pele ou de outros tecidos do corpo humano não são novidade. Várias delas, experimentadas em outros países, já há alguns anos, são mais práticas na hora de fechar ferimentos ou cortes e prometem entregar um serviço mais bem-feito, em comparação com a técnica tradicional. Mas os testes ainda vão longe, pois as marcas deixadas pela cicatrização, chamadas quelóides, não dependem apenas do método usado para regenerar os tecidos. Elas dependem também dos genes de cada paciente. Cada um tem quelóides conforme sua carga genética. Para piorar as coisas, essas cicatrizes podem evoluir durante um período de até dois anos depois da cirurgia.

Por isso mesmo é grande a expectativa levantada agora por uma equipe brasileira de Botucatu, no interior de São Paulo, dirigida pelo professor Benedito Barraviera, do Departamento de Doenças Tropicais da Universidade Estadual Paulista, a Unesp. No ano passado, os cientistas anunciaram uma inovação sensacional: a de que o terrível veneno da cascavel, assim como o da jararaca, pode aumentar muito a eficiência das diversas colas de pele existentes. A partir disso os brasileiros inventaram uma cola nacional. Que tem tudo para superar as concorrentes.

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No final do ano passado, a droga foi testada com sucesso em três pacientes que haviam sido operados no Hospital das Clínicas de Botucatu, SP, fechando perfeitamente as incisões do bisturi. O segredo das cobras é que seu veneno contém um complicado coquetel de moléculas dos mais variados tipos e formas. O feito do pessoal de Botucatu foi achar nessa farmácia viva uma substância, classificada como uma “enzima tipo trombina”, que é capaz de soldar os tecidos biológicos.

Há dez anos essa trombina tinha sido separada dos outros ingredientes do veneno pelo professor Isaías Raw, atual diretor do Instituto Butantan de São Paulo. Desde 1989 os pesquisadores do Cevap, o Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos, de Botucatu, notaram que ela acelerava muito o processo de regeneração do corpo (veja o infográfico abaixo).

Dito isso, dá para analisar as dificuldades das colas estrangeiras, que usam trombina de boi, e não de cobra, e fibrinogênio humano em lugar do bovino. O problema começa com o fibrinogênio de gente, que pode transmitir doenças como a hepatite e a Aids, e termina com a baixa potência da trombina de boi. O produto brasileiro apresenta duas vantagens potenciais. Primeiro, evita o risco de contágio por trocar o fibrinogênio do homem pelo do boi. Depois, substitui a trombina do boi pela da cascavel. Os testes mostram que ela é até 500 vezes mais eficaz na cicatrização, disse à SUPER a bióloga Izolete Thomazini, da equipe de Botucatu.

Cientistas copiam receita da jararaca

Muito antes de fornecer o ingrediente fundamental para uma nova cola de pele, a imensa riqueza bioquímica do veneno da jararaca já havia dado aos pesquisadores brasileiros um importante remédio para a pressão alta. O principal responsável pelo achado foi o médico Sérgio Ferreira, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP, e atual presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a SBPC. Por isso, Ferreira chegou a ser cogitado pela Associação Brasileira de Hipertensão como um possível candidato ao Prêmio Nobel de Medicina do ano passado.

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Embora não tenha chegado lá, o médico brasileiro marcou um ponto notável na Medicina contemporânea. Tanto que a comunidade médica da Noruega instituiu recentemente um prêmio que tem o nome do cientista brasileiro. O que ele fez foi isolar, em 1965, uma proteína do veneno da jararaca que, depois de muito trabalho, acabou se transformando em remédio para a pressão alta. Foram anos de investigação, numa história emocionante.

A primeira pista seguida por Ferreira vinha de uma conseqüência estranha da picada da jararaca: ela provoca uma súbita queda de pressão nas vítimas. Esse efeito, logo ficou claro, se devia a um ingrediente do veneno que desde os anos 40 era chamado de bradicinina. E levantava uma suspeita promissora: como reduzia com rapidez a força da corrente sangüínea nas artérias, parecia lógico que podia virar remédio contra a pressão alta.

Assim, Ferreira tomou como ponto de partida os estudos iniciais da bradicinina, feitos por um brilhante farmacologista, o professor Maurício Rocha e Silva, falecido em 1983, e dois outros cientistas, Beraldo e Gastão Rosenfeld. Em 1965, o pesquisador de Ribeirão Preto conseguiu dar um passo sensacional ao separar do veneno uma “molécula-prima” da bradicinina, que ampliava, e muito, o efeito dessa última substância.

Ou seja, o medicamento tão procurado parecia estar bem à mão. Na prática, porém, o remédio só chegaria às farmácias vinte anos mais tarde, com o nome comercial de captopril (no Brasil, capoten). É que a substância natural tem que ser tirada da cobra em quantidades relativamente pequenas e nem todas as jararacas do planeta conseguiriam produzir remédio bastante para satisfazer as necessidades dos pacientes. Quer dizer, o remédio até poderia ser vendido, mas por ser escasso sairia caro demais.

A saída foi dar um verdadeiro golpe na natureza, aproveitando a fórmula que ela criou, mas somente como uma espécie de molde químico. A partir daí, foi possível montar uma substância artificial que podia ser produzida em massa, por um preço acessível. Com isso, terminou o último capítulo da longa novela do captopril, além de mais duas dúzias de produtos parecidos. Ferreira não participou desse trabalho final. O mérito pela montagem da molécula sintética, em 1977, coube aos cientistas David Cushman e Miguel Ondetti, da empresa americana Squibb. Mas é claro que, sem o modelo biológico preparado pelo brasileiro, Cushman e Ondetti não teriam feito coisa nenhuma.

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Víbora malaia anima médicos canadenses

A cola de pele e o remédio para a hipertensão não são os únicos benefícios que os cientistas esperam tirar do veneno das cobras. No mundo todo, atualmente, existem pesquisadores vasculhando as glândulas desses animais na esperança de encontrar “ouro”, ou seja, moléculas que ajudem a compreender os mecanismos biológicos do organismo e, se possível, que levem à descoberta de novos produtos farmacêuticos. O foco principal dessa corrida são os analgésicos, os medicamentos contra o câncer e para doenças associadas ao coração, como a trombose (veja o quadro abaixo). Em muitos lugares o progresso é animador. Como no Canadá, onde os pesquisadores superaram o estágio em que uma substância promissora é simplesmente separada do veneno. Lá, um extrato de víbora já virou remédio experimental contra derrames, chamado Arvin. Desenvolvido pelo médico Cedric Carter, da Universidade da Colúmbia Britânica, em Vancouver, o Arvin vem sendo testado em 460 pacientes do Hospital da Faculdade de Medicina de Nova York. Mas, estejam onde estiverem, os pesquisadores sabem muito bem que os resultados práticos não são para depois de amanhã. Eles têm em mente a lição aprendida na busca do remédio para a hipertensão, o captopril. Foi preciso quase três décadas de trabalho para colocá-lo nas prateleiras das farmácias, no final da década de 70. De lá para cá, muita investigação foi feita sem sucesso definitivo, como lembra o professor Isaías Raw, diretor do Instituto Butantan. “O captopril é o único exemplo acabado de uso do veneno para fins terapêuticos”, disse ele à SUPER. Raw deve saber, já que poucos entendem mais desse assunto do que ele, que esteve a vida toda cercado pelos répteis rastejantes. É assim mesmo que a ciência caminha. O que está em jogo é uma caça aos tesouros bioquímicos que a natureza pode ter escondido, ao longo de milhões de anos de evolução, num lugar surpreendente: justo nas glândulas de veneno das serpentes. Vale a pena vasculhar essa mina, já que, das mais de 2 000 espécies conhecidas, cerca de 300 produzem poções letais. E as cobras não são as únicas espécies peçonhentas. De acordo com os biólogos, só o grupo das aves não contribui para o caldeirão planetário de coquetéis tóxicos. Nada menos de 1 milhão de animais possuem algum tipo de veneno, ou seja, dois terços de todas as espécies já catalogadas no planeta. Para se ter uma idéia, até a carne do urso polar, se não for preparada de modo correto, provoca espasmos e vômitos, podendo matar. Em poucas palavras, certamente não será por carência de veneno que a Medicina moderna vai reclamar da falta de matéria-prima, ou pelo menos de inspiração, para descobrir e fabricar remédios novos e mais eficientes.

Para saber mais

Venenos Animais – Uma Visão Integrada, Benedito Barraviera (organizador), Editora-PUC, Rio de Janeiro, 1994.

Cobras, Lagartos e Outros Bichos, Jaime Larry Benchimol e Luis Antônio Teixeira, Editora UFRJ, Rio de Janeiro, 1994.

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A Assustadora História da Medicina, Richard Gordon, Ediouro, Rio de Janeiro, 1995.

A solução na ponta dos dentes

Adesivo nacional contém trombina e fibrinogênio, que só são misturados no corpo.

1 – Extrai-se o veneno dos répteis nos criatórios de Botucatu. Do veneno vai sair a trombina.

2 – Filtra-se a mistura para retirar bactérias e outras impurezas contidas na saliva do animal.

3 – Um processo chamado liofilização seca toda a água, facilitando o seu transporte.

4 – Depois, na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara, separa-se a trombina.

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1 – Do sangue do boi sai o segundo item, o fibrinogênio, para ser adicionado à trombina.

2 – Girando numa centrífuga a 2 500 rotações por minuto, o plasma é separado do sangue.

3 – Antes de chegar ao fibrinogênio, o plasma é congelado a menos 20 graus Celsius.

4 – Durante o descongelamento, o ingrediente fica depositado no fundo do tubo de ensaio.

Trama sob a pele

Como se constrói a cicatriz.

A trombina da cobra e o fibrinogênio do boi fazem um trançado incrível onde se prendem células e partículas do sangue, chamadas respectivamente fibroblastos e plaquetas.

Um século para chegar à farmácia

A busca da droga para hipertensão, tirada da jararaca, começou em 1898, na Suécia.

Para se chegar ao captopril em 1977 foi preciso primeiro entender como trabalham as moléculas que controlam o fluxo do sangue no organismo. Acompanhe essa novela científica, que teve início 79 anos antes, na Suécia, e terminou nos Estados Unidos, passando duas vezes pelo Brasil.

1 – Pista zero

Em 1898, o médico sueco Robert Tgerstedt extrai dos rins de um coelho uma proteína capaz de provocar aumento de pressão ao ser injetada em cobaias. Dá a ela o nome de renina. Tgerstedt era um grande fisiologista, mas sua descoberta não causa grande impacto na época.

2 – Volta à cena

Em 1934, o médico americano Harry Goldblatt bloqueia com pinça as artérias renais de cães. Os animais têm hipertensão. A renina estava esquecida desde 1898. Depois provou-se que o bloqueio das artérias levava os rins a fazer mais renina, o que aumentava a tensão.

3 – Alvo oculto

Após 1934, aplicações de renina deixam claro seu papel negativo. Mas em 1946 o argentino Braun-Menendez vê que ela é uma enzima, isto é, sua função é ativar outras moléculas. Qual seria, então, o alvo da renina? Tem início outro capítulo da novela policial nas veias e artérias.

4 – Primeira chave

Em 1957, após dez anos de esforço, a investigação criteriosa de diversos cientistas, em muitos países, aponta uma molécula que tem a capacidade de reagir com a renina. O nome moderno dessa substância é angiotensina I.

5 – Segunda chave

A partir de 1957 fica certo que, combinando quimicamente duas peças que ele mesmo produzia, a renina e a angiotensina I, o organismo produz uma administradora natural da pressão, denominada angiotensina II.

6 – Menos sal

Em 1958 o médico alemão Franz Gross, da Universidade de Heidelberg, verifica que o sal estimula a produção de renina em seus pacientes. Com isso acha o primeiro meio de aliviar a situação dos hipertensos. A saída é cortar o tempero da dieta.

7 – Vez da cobra

Ao longo de toda a década de 60, emprega-se um novo instrumento de investigação. Moléculas radioativas que podem ser grudadas na renina mostram como ela circula no sangue. Nota-se que ela fica inativa até ser “ligada” pela angiotensina I.

8 – Brasileiros

Em 1965 o brasileiro Sérgio Ferreira descobre que uma substância extraída da jararaca impede a formação de angiotensina II. A nova molécula se alia à bradicina, tirada da jararaca, vinte anos antes, pelo farmacologista Maurício Rocha e Silva.

9 – Final feliz

Em 1977, o composto achado por Ferreira serve de modelo para construir uma substância sintética contra a hipertensão. Seu nome: captopril. Os autores do feito são os americanos, Cushman e Ondetti. É o fim da novela científica.

Rastejando nos laboratórios do mundo

Onde se vasculham as glândulas dos répteis em busca de novos medicamentos.

1 – Tumor menor

Em 1971, o médico argentino Juan Carlos Vidal isolou a crotoxina do veneno da cascavel (Crotalus durissus terrificus), constatando que ela reduzia o volume dos tumores de um paciente de câncer. Os testes posteriores em oitenta voluntários não foram conclusivos. Persistente, Vidal continua a pesquisa nos Estados Unidos. Ele quer montar uma versão sintética da crotoxina.

2 – Artéria livre

Na Tailândia, Sukon Visudhiphan, da Faculdade de Medicina da Universidade de Mahidol, em Bangkok, investiga a píton verde (Trimeresurus popeorum). Ele busca um produto potencialmente útil contra o entupimento de artérias por redes da molécula de fibrina. Visudhiphan notou que uma quantidade mínima de veneno, menos que 1 milionésimo de grama, basta para dissolver as redes da fibrina.

3 – Mais Brasil

Renata Giorgi, Martha Bernardi e Yara Cury, do Instituto Butantan e da Escola de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo, tiraram da cascavel (Crotalus durissus terrificus) uma substância analgésica. Já se sabe que a própria molécula não é viável como remédio. A idéia é determinar a sua estrutura química e usá-la como base para construir uma versão sintetizada em laboratório.

4 – Morfina, não

O chinês Chang Zichao, da Faculdade de Medicina e do Instituto de Zoologia da cidade de Kunming, conseguiu arrancar da naja (Naja naja atra) duas neurotoxinas, batizadas de cobroxin e nyloxin. Elas aliviam as dores de ex-dependentes da morfina que largaram o vício. A dor é um efeito da dependência física da droga. As neurotoxinas, portanto, poderiam ajudar na recuperação de drogados.

5 – Anticâncer

Desde 1972, a poção da cascavel diamondback (Crotalux atrox), americana, vem sendo estudada como possível auxiliar contra certos tipos de câncer. Segundo o bioquímico Findlay Russell, do Departamento de Pesquisas Neurológicas da Universidade do Sul da Califórnia, o veneno bloqueia a formação indesejável da fibrina. Ou seja, nos casos em que ela parece estar associada a tumores malignos.

6 – Contra a dor

Um grupo de pesquisadores da Faculdade de Medicina de Cingapura conseguiu em 1993 separar do veneno da perigosa cobra-rei (Ophiophagus hannah) uma substância da classe das neurotoxinas. A equipe verificou que a molécula elimina a dor e faz efeito mesmo quando não é injetada. Pode ser simplesmente engolida. Com o nome de hannalgesin, o analgésico extraído da cobra-rei vem sendo estudado em cobaias.

7 – Sangue ralo

No Canadá, a víbora malaia (Agkistrodon rhodostoma) está ajudando a produzir um antídoto contra derrames. O estudo foi feito por cientistas da Universidade da Colúmbia Britânica, em Vancouver, Canadá, e da Faculdade de Medicina de Nova York, nos Estados Unidos, sob a direção do médico Cedric Carter. O extrato da víbora dissolve coágulos do sangue, que fica menos denso. O risco de derrames é menor.

8 – Sangue grosso

Qadar Pasha e Sharad Gangal, do Centro para Produtos Bioquímicos e do Instituto Chest, ambos em Nova Délhi, Índia, isolaram uma molécula da categoria das trombinas das glândulas da víbora indiana (Trimeresurus gramineus). A molécula força a coagulação do sangue. E faz isso tão bem que dispensa a ajuda das plaquetas, que são partículas sangüíneas normalmente associadas à coagulação.

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