Não é pieguice sentimentalóide, não. Geneticistas do Centro Médico da Nova Inglaterra, em Boston, Estados Unidos, descobriram que as mães mantêm no organismo, durante décadas, pedaços que escaparam do feto do filho durante a gravidez. Eles acharam moléculas de DNA masculino no sangue de mulheres até 27 anos depois do nascimento dos meninos. O DNA forma uma seqüência de cromossomos. O que define o sexo é a combinação dos cromossomos X e Y. As mulheres têm o par XX. Os homens, XY. Assim, qualquer cromossomo Y que exista no sangue materno só pode ter pertencido ao filho. A descoberta tem dois aspectos: primeiro, as células “penetras” podem explicar algumas desordens no sistema imunológico feminino. Elas ativariam as defesas da mãe, contra ela própria. Segundo, talvez seja possível desenvolver uma técnica para evitar a rejeição de órgãos transplantados. É só descobrir como as células dos fetos conseguem sobreviver tanto tempo num ambiente estranho, o organismo da mãe.