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Os superpoderes dos cães

O olfato e a audição deles são ainda mais poderosos do que parece. Mas nem sempre esse dom é uma benção.

Por Marcelo Barbosa
Atualizado em 8 jul 2019, 18h19 - Publicado em 8 jul 2019, 14h14

Um vento é um carnaval de fragrâncias para o focinho do seu cachorro. Ele consegue identificar milhares de cheiros nesse sopro de ar. E são coisas inalcançáveis ao olfato humano, como o perfume de uma pessoa que passou na rua de trás.

É que os cães possuem 300 milhões de receptores olfativos na região nasal. Nós temos 5 milhões – 60 vezes menos. Já a área do cérebro dedicada a essa função é 40 vezes maior neles. O faro é um superpoder canino. Não à toa, eles usam o focinho para reconhecer o mundo, incluindo seus donos.

“Os cães acham fácil nos distinguir pelo cheiro. Eles diferenciam até gêmeos idênticos assim”, explica a cientista cognitiva Alexandra Horowitz, em seu livro A Cabeça do Cachorro. Os mascotes, porém, se confundem quando notam aromas diferentes dos usuais no tutor. Aliás, respirar e cheirar não são a mesma coisa para os cães, que podem dedicar uma narina a cada função, ao mesmo tempo.

A natureza preparou os cães para se cuidarem sem a nossa ajuda, em ambientes mais imprevisíveis do que o meio urbano. Por isso, eles têm sentidos tão aguçados. Cães ouvem sons entre 10 Hz e 40 kHz. O nosso espectro vai de 20 Hz a 20 kHz. Ou seja, eles escutam bem mais coisas. O ouvido canino também descobre com precisão a origem dos sons. Útil para notar a aproximação de uma presa, por exemplo. Ou para ficar encafifado com os barulhinhos do videogame do vizinho.

Às vezes, essa sensibilidade é torturante. Um chuvisco no telhado pode soar como uma tempestade. Daí o fato de os fogos de artifício serem um problema.

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A cachorrada também enxerga bem à noite. O olho deles tem uma membrana que rebate a luz de volta para a retina. Aumenta em 40% a luminosidade no breu, comparando com a nossa visão.Mas o olho do cão foi criado para detectar movimentos, e não cores. Além de preto e branco, cães captam um espectro que vai do amarelo ao azul. Já o vermelho se confunde com o verde. A visão também varia de acordo com a posição dos olhos.

Raças como boxer e labrador têm os olhos para frente e enxergam com maior profundidade. Já as que possuem globos oculares nas laterais da cabeça – caso do pastor-alemão – apresentam boa visão periférica. O formato ajuda no trabalho de pastoreio.

Mais algumas curiosidades caninas

Saúde de lata

(Cristina Kashima/Superinteressante)

Muita gente acredita que os vira-latas adoecem menos do que os cães de raça. E uma pesquisa publicada no Journal of the American Veterinary Medical Association confirma isso. O estudo aponta que eles têm menos chances de desenvolver os dez problemas genéticos mais frequentes da espécie, como obstruções cardíacas – comuns em boxers – e epilepsia – identificada nos beagles. Mas isso não significa que sejam imunes às enfermidades.

RG no focinho

(Cristina Kashima/Superinteressante)

As ranhuras no nariz de cada cão são únicas. É como se fosse uma impressão digital. Outra função do órgão é ajudar a controlar a temperatura corporal. Isso porque os cães têm poucas glândulas sudoríparas – existem apenas algumas nas patinhas. Eles eliminam o calor pela respiração. O ar corporal quente sai e se condensa ao entrar em contato com o ar frio do ambiente. Por isso, o focinho deles está sempre úmido.

Refrescante

(Cristina Kashima/Superinteressante)

A língua também é fundamental na missão de evitar que os cães superaqueçam. O órgão fica sempre para fora da boca, em contato com o ar, para conservar a temperatura corporal deles entre 38 e 39 graus. Em relação ao paladar, porém, os cachorros perdem para os humanos. Eles têm de 10 a 12 vezes menos papilas gustativas do que nós. Ainda assim, conseguem diferenciar sabores doces, salgados, azedos e amargos.

 

Poliamor

(Cristina Kashima/Superinteressante)

Algumas ninhadas de cães apresentam filhotes com traços bem diferentes uns dos outros. É que as fêmeas podem engravidar de vários machos ao mesmo tempo. Existe a chance de o fenômeno acontecer se a cadelinha cruzar com mais de um cão ao longo do período fértil – que pode durar até três semanas. Em casos assim, cada espermatozoide irá fecundar um óvulo diferente.

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