Palmeiras que mudam de sexo foram descobertas na Colômbia
Foi a primeira vez na história que essas árvores foram vistas mudando sua expressão sexual
A árvore nacional da Colômbia, uma palmeira gigantesca que alcança os 60 metros de altura, foi vista pela primeira vez mudando sua expressão sexual.
A palmeira de Cera do Quindío (Ceroxylon quindiuense) sempre foi considerada uma espécie dióica – ou seja, que tem indivíduos do sexo feminino ou masculino, cada planta com seu órgão reprodutor.
Várias plantas de outras espécies são monóicas – uma mesma planta tem flores “fêmeas” e “machos” ao mesmo tempo, e não precisa de outro indivíduo para se reproduzir.
Palmeiras são um grupo muito grande e diverso de plantas – o que quer dizer que até o modo de reprodução delas varia de espécie para espécie. Mas nunca, mesmo entre essa pluralidade toda, tinha sido observada uma palmeira de qualquer tipo mudando de sexo.
Foi por isso que pesquisadores ficaram surpresos ao chegar no Jardim Botânico do Quindío. Lá, eles analisaram mais de 150 plantas. A enorme maioria delas não tinha nada fora do comum.
Mas eles acabaram encontrando quatro plantas especiais. Elas estavam crescendo com uma mistura de partes: os ramos mais antigos e próximos do chão tinham flores masculinas, que estavam caindo, indicando que vinham de uma fase anterior de crescimento.
Ainda faltam dados para entender se essa transição vai avançar até que a mudança seja completa. Para isso, os pesquisadores pretendem usar drones, já que examinar, ramo por ramo, uma árvore tão alta, é uma tarefa – literalmente – grande demais.