Paraíso perdido no Arizona
Seis semanas depois de fechada para a grande experiência, foi preciso instalar aparelhos para controlar a poluição no interior da grande cúpula de vidro.
Apenas seis semanas depois da fechada a grande cúpula de vidro para o início de sal fantástica experiência, em 26 de setembro passado, os oito habitantes da Biosfera 2, instalada no deserto do Arizona, nos Estados Unidos, estavam ameaçados por um mal muito nosso conhecido: poluição atmosférica. Apesar das promessas de segurança desse projeto que custou 150 milhões de dólares à Space Biosphere Ventures, temeu-se que os oito biosferianos precisassem fugir do seu pequeno novo mundo, assolado por incontrolável efeito estufa.
Biosfera 2 pretende ser uma experiência de sobrevivência autônoma de uma pequena colônia de humanos, num ambiente cuja salubridade seria garantida pelo funcionamento equilibrado de vários ecossistemas ali artificialmente instalados (SUPERINTERESSANTE nº. 1, ano 5). Infelizmente, os níveis de dióxido de carbono logo se tornaram oito vezes mais elevados do que os da atmosfera terrestre (2000 partes por milhão). A saúde dos oito habitantes da colônia não chegou a ser ameaçada – nos ônibus espaciais da NASA trabalha-se com até 5000 ppm desse gás. Mas a da experiência parece arruinada; foi preciso instalar aparelhos para evitar, artificialmente, o aumento da poluição.