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Peixes se escondem atrás de tubarões para caçar, revela estudo. Veja vídeo

Estratégia inédita é muito mais eficaz do que os métodos de caça tradicionais, por pegar presas desprevenidas.

Por Bruno Carbinatto
Atualizado em 5 abr 2025, 21h47 - Publicado em 1 abr 2025, 18h00

Cientistas descobriram uma estratégia inusitada usada por alguns peixes para caçar: se esconder atrás de tubarões e atacar presas desprevenidas. 

A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade de Palermo, na Itália, e da Universidade de Edimburgo, na Escócia, e publicada no periódico Ecology

A equipe observou tubarões da espécie Carcharhinus plumbeus, conhecidos como tubarão-corre-costa ou tubarão-cinzento, no Mar Mediterrâneo – mais especificamente, na na costa da ilha italiana de Lampione, entre a Sicília e a Tunísia. As imagens, registradas por mergulhadores e veículos controlados remotamente, flagraram a estratégia usada pelos Caranx crysos, peixes conhecidos popularmente como xarelete, xaréu-azul, xaréu-pequeno ou vários outros nomes.

Funciona assim: o peixe nada coladinho do tubarão por uns 30 segundos, seguindo seu exato caminho, até que repentinamente lança um ataque rápido em algum peixinho desavisado por perto, distraído pelo movimento do grandalhão. Veja o vídeo abaixo:

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Pelo menos 34 peixes foram flagrados usando esse truque, segundo o novo estudo. Foi algo inédito: antes, cientistas só haviam observado os xareletes caçando em grupo.

Mas a estratégia dá certo: quando os peixes se escondiam atrás dos tubarões, suas presas só percebiam a ameça em cerca de 10% dos casos. Quando os xareletes caçam em grupo, porém, em 95% das vezes as presas percebem que estão sendo caçadas, e tentar fugir ou se defender.

Isso significa, segundo a equipe, é que o truque ajuda os predadores a economizarem energia nas caçadas, garantindo almoços mais eficientes. Além disso, ficar ao lado dos tubarões tem outro benefício: protege os xareletes dos seus próprios predadores.

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“O estudo destaca como as interações entre espécies podem resultar em táticas de caça alternativas em ecossistemas marinhos”, diz Fabio Badalamenti, professor da Universidade de Edimburgo e um dos autores do estudo. “Entender essas dinâmicas enriquece nosso conhecimento da biodiversidade marinha e ressalta a importância de conservar predadores como tubarões.”

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