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Preto no branco: a explicação científica para as cores do panda

A pelagem do panda pode ser explicada por seu modo de vida, habitat e dieta. E o ajuda a compor uma pinta de mau – ao menos para seus rivais do reino animal

Por Guilherme Eler
3 mar 2017, 19h24

As manchas negras ao redor dos olhos e na região das patas e orelhas ajudam a caracterizar a aparência dócil e até um tanto frágil dos pandas. No entanto, as cores das pelagens destes animais não cumprem apenas função estética. A grossa camada felpuda em branco e preto que reveste o panda-gigante, espécie mais popular, é essencial para tarefas bem mais nobres, como comunicação e camuflagem.

A conclusão é de um estudo conduzido por pesquisadores da Califórnia, nos EUA, que dissecaram pela primeira vez as funções adaptativas desses mamíferos. Publicada no jornal Behavioral Ecology, a pesquisa é pioneira por isolar cada parte do corpo como uma área independente – e dotada de função própria.

A partir de comparações com outras 195 espécies carnívoras e outras 39 subespécies de ursos, permitiu-se concluir que as partes negras do corpo do panda – suas patas e traseiro – servem à camuflagem, especialmente em regiões de muita disponibilidade de sombra, como grandes florestas. As áreas de pelagem branca, que compreendem a maior parte do corpo, são determinantes para a vida em locais onde há presença de neve.

Essa capacidade de adaptação a diferentes ambientes é vital à manutenção da vida dos pandas, historicamente ameaçados de extinção. Além de apresentarem taxa reprodutiva bastante baixa e sofrer com a caça predatória por décadas, os pandas não hibernam, ou seja, não têm a capacidade de estocar reservas de energia por longos períodos. Incapazes de digerir outros tipos de plantas, se veem obrigados a percorrer grandes áreas em busca de bambu. A dieta restrita é também responsável, segundo o estudo, pela pouca variação de cores apresentada entre os pandas.

Completando sua série de características adaptativas, os pandas contam com marcas no topo de sua cabeça, que atuam na comunicação entre indivíduos, regulando ações como côrte e disputas por território. E as regiões das orelhas e dos olhos não tem nada a ver com aspecto de bicho pelúcia gigante que o mamífero possui. Na verdade, elas servem para criar um semblante mais agressivo, que afasta predadores e potenciais competidores.

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