PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Qual a diferença entre fertilização e inseminação?

Os dois servem para que mulheres que não podem engravidar tenham filhos. A diferença está na manipulação dos óvulos da futura mãe

Por Nathália Braga
Atualizado em 5 abr 2017, 20h55 - Publicado em 23 fev 2012, 22h00

Basicamente, o que difere a fertilização da inseminação é a maneira como os óvulos são fecundados.

A inseminação artificial consiste em injetar espermatozoides diretamente no útero da mulher e então fecundar o óvulo e gerar o feto. Para potencializar as chances de isso acontecer, a paciente toma uma medicação à base de hormônios, como o HCG, que estimula a ovulação. O sêmen do parceiro é colhido em laboratório e os espermatozoides com maior mobilidade, que têm mais potencial de criar bebês, são separados e injetados no útero. Aí é só torcer para a gravidez vingar.

Já a fertilização in vitro é um procedimento mais complexo. Ela é indicada quando as tubas uterinas, canais que ligam os ovários ao útero, originalmente chamados trompas de falópio, são obstruídas, impedindo a fertilização natural. O tratamento começa com injeções diárias à base dos hormônios usados no procedimento da inseminação. Depois, o médico realiza o ultrassom transvaginal, em que um pequeno bastão envolto com camisinha e gel lubrificante é introduzido na vagina. Ele extrai entre 1 e 3 óvulos, que vão para o laboratório. Lá, ficam em uma estufa com 100 mil espermatozoides (uma mixaria, já que a ejaculação normal tem de 40 a 100 milhões de células reprodutivas). Depois de 24 horas, um espermatozoide fecunda um óvulo e bingo: temos um bebê a caminho. Mas nem sempre a técnica funciona: 40% das tentativas dão certo (o que é muito: a taxa de fertilização dos humanos é de 15 a 20%). Só então o embrião é transferido para o útero, onde irá se desenvolver.

Fertilização in vitro

– Em todo o mundo, a OMS estima que existam 3 milhões de bebês de proveta (feitos em laboratório). A técnica foi criada em 1978 pelo embriologista britânico Robert Edwards, que em 2010 recebeu o prêmio Nobel de medicina.

– Os espermatozoides e os óvulos ficam em uma estufa que simula o ambiente interno de uma tuba uterina, onde ocorre a fertilização na gravidez normal.

Continua após a publicidade

– Em outra técnica de fertilização, um aparelho injeta um espermatozoide em cada um dos 8 a 12 óvulos normalmente usados. Só então o embrião é transferido para o útero. A prática é indicada quando o homem tem uma quantidade muito baixa de espermatozoides.

Inseminação artificial

– O tratamento é indicado principal­mente quando o espermatozoide não alcança o útero naturalmente devido à baixa mobilidade.

– Os médicos acompanham a paciente fazendo uma ultrassonografia transvaginal a cada 3 dias. Quando um ou mais folículos (estrutura que abriga o óvulo) passam de 18 mm de diâmetro, é hora de estimular a ovulação.

Continua após a publicidade

– 5 milhões: é o número mínimo de espermatozoides necessários para serem injetados no útero. A chance de gravidez é de cerca de 15% – menor do que a in vitro, que fica em torno de 40%.

Fontes: Flávio Garcia de Oliveira, ginecologista e diretor da clínica de fertilidade FGO; Luis Fernando Dale, ginecologista da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana; Paulo Gallo, especialista em reprodução assistida e diretor médico do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or.

Publicidade


Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.