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Quão rápido uma coisa precisa se mover para ficar invisível aos olhos humanos?

Depende do olho. E é provável que especialsitas em tarefas que exigem visão acurada, como rebatedores de beisebol, tenham globos oculares mais rápidos.

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
10 Maio 2025, 19h00

Quando você move uma câmera rapidamente de um ponto para o outro, o vídeo resultante se torna um borrão. Os seus olhos, porém, se mexem abruptamente para lá e para cá o tempo todo – algo entre duas e três vezes por segundo. Você não percebe esses vaivéns, chamados no jargão dos neurocientistas de sacadas, porque seu cérebro é um computador eficaz, que disfarça essa sensação nauseante.

Agora, pesquisadores da Technische Universität (TU) de Berlim, na Alemanha, descobriram uma consequência curiosa desse sistema: quando alguma coisa muito rápida (por exemplo, uma bola de tênis atingida por uma raquete) se desloca à mesma velocidade que as sacadas, ela acaba ficando invisível para nós. O software que o cérebro usa para evitar que você perceba os borrões acaba deletando a informação do nosso campo de visão.

Como a velocidade das sacadas muda de pessoa para pessoa, quem mexe os olhos mais rápido também consegue ver objetos se movendo a velocidades mais altos. Uma consequência disso é que os melhores jogadores de baseball ou fotógrafos de vida selvagem provavelmente devem parte de seu talento a globos oculares mais velozes que a média humana.

“As partes do mundo físico que conseguimos perceber dependem fundamentalmente da qualidade dos nossos sensores”, explicou em declaração à imprensa Martin Rolfs, pesquisador que liderou o estudo publicado no periódico especializado Nature Communications.

“Por exemplo, não vemos luz infravermelha porque nossos olhos não são sensíveis a ela, e não conseguimos ver os frames de vídeo em nossas telas porque elae piscam em frequências mais altas do que nossos olhos conseguem detectar.”

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“Neste artigo, no entanto, mostramos que os limites da visão não são definidos apenas por essas restrições biofísicas, mas também pelas ações e movimentos que impõem mudanças no sistema sensorial. Para demonstrar isso, utilizamos os movimentos mais rápidos e frequentes do corpo, ou seja, os movimentos sacádicos dos olhos, que as pessoas fazem mais de cem mil vezes por dia.”

Com o perdão do trocadilho, podemos dizer que Rolfs e sua equipe tiveram uma bela sacada. Não do tipo ocular. Muito menos do tipo em que você bebe uma cerveja relaxante no domingo à tarde.

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