Projetado em Boulders, no estado americano do Colorado, e já instalado nas dependências do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologias dos Estados Unidos, o NIST-7 é o mais novo campeão dos relógios atômicos: atrasa um insignificante segundo a casa três milhões de anos, precisão dez vezes maior que seu antecessor, o NBS-6. Com ele, se aposentam também os eletroímãs como sensores da passagem do tempo. Até o NBS-6, o magnetismo era usado para registrar as rápidas mudanças de energia elétrica dos átomos de césio num recipiente: cada mudança representa um clique, nesse tipo de relógio. Mas a contagem de cliques era prejudicada pelo movimento caótico dos átomos, que altera a medida de sua energia. No NIST, o erro é menor porque o movimento dos átomos é controlado por um feixe de laser, que também mede as mudanças de energia. O próximo passo será reduzir a temperatura do césio a quase zero absoluto (menos 273ºC), diz o metrologista Robert Drullinger, que ajudou a projetar o NIST.