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Seu relógio está certo?

Os pontuais que nos desculpem, mas a resposta para essa pergunta é não.

Por Cátia Franco
Atualizado em 12 jun 2018, 16h06 - Publicado em 31 dez 2004, 22h00

Não. Mesmo que você tenha acertado os ponteiros hoje pela manhã. Isso porque o tempo é um conceito bem mais abstrato do que imaginamos. Para regular os relógios no mundo, o International Bureau of Weights and Measures (Escritório Internacional de Pesos e Medidas), adotou em 1975 o UTC (Coordinated Universal Time — algo como “tempo coordenado universal”) como escala de tempo. Só que o UTC, uma fusão entre o tempo atômico e o tempo de rotação da Terra, não é 100% preciso.

“A Terra, por diversos motivos, mas principalmente por causa da energia que as marés roubam da rotação, está girando mais devagar”, diz Luiz Nunes de Oliveira, professor do Instituto de Física de São Carlos, da USP. Por isso, de tempos em tempos é preciso fazer um acerto: atrasa-se o relógio atômico em 1 segundo para que ele fique afinado com o tempo de rotação do planeta.

Só que, entre um reparo e outro, os relógios atômicos acabam ficando um pouco adiantados, porém nunca mais que 1 segundo. Isso é pouco para nós, mas para setores que dependem da precisão dos relógios o desencontro de 1 segundo pode ser fatal. É o caso dos satélites, que num espaço de alguns instantes enviam e recebem toneladas de informações de um continente para outro.

Até agora ninguém conseguiu encontrar a fórmula mágica para sincronizar os ponteiros. Enquanto isso, o relógio continua correndo.

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