PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Seu sistema imunológico decide quantos amigos você vai ter

Ele tem ligação direta com o cérebro - e ajuda a regular o quanto você é popular

Por Ana Carolina Leonardi
Atualizado em 31 out 2016, 19h03 - Publicado em 18 jul 2016, 20h30

A vida em sociedade é um grande desafio para o seu corpo. Quanto mais interação social, maior a exposição a microorganismos e, por isso, o sistema imunológico teve que evoluir junto às nossas habilidades sociais. O que cientistas da Universidade de Virgínia descobriram agora é que o sistema imunológico também age regulando o seu comportamento perto de outras pessoas.

Os cientistas criaram uma geração de ratos que não produz interferon-gama, uma molécula (também produzida no corpo humano) importante no combate de vírus, bactérias e alguns protozoários. A ausência dela teve um efeito determinante nas relações sociais entre os ratos.

Os ratinhos imunodeficientes se isolavam, tinham comportamentos antissociais e muita dificuldade de se relacionar uns com os outros. Quando os pesquisadores observaram o cérebro deles com ressonância magnética, descobriram que parte do córtex pré-frontal não estava se comportando normalmente. É justamente essa região que é responsável por regular como você age em grupo e sua habilidade para fazer amigos.

Depois, eles injetaram a molécula de volta no sistema imunológico dos ratos. O resultado foi imediato: a ressonância passou a apresentar resultados normais e os ratinhos voltaram a se relacionar entre si. 

Os autores do estudo estão certos de que os resultados indicam que o sistema imunológico ajuda a regular comportamentos sociais e traços de personalidade. A teoria deles é que a evolução tenha um papel importante nessa relação: ela tornava as pessoas mais saudáveis mais sociáveis, e as mais vulneráveis mais isoladas, para que evitassem andar em grandes grupos, o que aumenta a chance de contaminação por microorganismos.

Continua após a publicidade

Mas mais do que determinar se você vai ser uma pessoa cheia de amigos ou menos popular, os cientistas estão animados com o significado dessa descoberta para doenças como autismo e esquizofrenia.

Com a deficiência imunológica, o cérebro dos ratos tinha regiões do córtex hiperativas, igualzinho acontece com pacientes autistas. A partir da reintrodução do interferon-gama, o cérebro voltou ao normal.

Se o palpite dos cientistas estiver certo, a chave para a cura do autismo (e o segredo da popularidade) pode estar bem longe do cérebro, no sistema de proteção do corpo onde ninguém tinha pensado em procurar.

Publicidade


Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.