PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Sonda Osiris-Rex, da Nasa, coleta pedaço de asteroide. Veja vídeo

Missão deve retornar à Terra – com amostras do asteroide Bennu na bagagem – em 2023.

Por Guilherme Eler
Atualizado em 22 out 2020, 15h01 - Publicado em 21 out 2020, 20h10

A sonda Osiris-Rex, lançada pela Nasa em 2016, viajou mais de 320 mil quilômetros até chegar aos arredores do asteroide Bennu em dezembro 2018. Desde então, sua missão foi mapear toda a extensão do grande pedregulho – 500 metros (à título de comparação, a Torre Eiffel mede 300 metros) – e, com as imagens, bolar um mapa detalhado de sua superfície. 

“Mas por que essa é uma tarefa importante?”, um leitor poderia questionar. Quem acompanha a SUPER talvez se lembre que Bennu não é um asteroide comum. Na verdade, ele pertence à classe dos asteroides próximos à Terra (em inglês, NEA, Near-Earth Asteroids). Ou seja, acompanhá-lo de perto é essencial, uma vez que há chances de que ele possa atingir nosso planeta no futuro. Isso implica, por exemplo, coletar amostras do solo para entender o tamanho da ameaça.

Análises feitas por astrônomos aqui da Terra acreditavam que a superfície de Bennu era pouco irregular – o que facilitaria a vida de um robô espacial incumbido de recolher amostras do seu solo. Olhando mais de perto, porém, o vizinho se mostrou um verdadeiro campo minado para uma espaçonave, cheio de declives e super acidentado.

Isso obrigou astrônomos a apostar numa manobra conhecida como TAG (sigla para o inglês touch-and-go, ou “tocar e ir embora”). É como se a Osiris-Rex desse um beijo na bochecha do asteroide, escolhendo uma cratera exata para pousar por alguns poucos segundos, fazer a coleta das pedras e partir com a posse das amostras.

Foi exatamente esse procedimento que aconteceu na última terça-feira (20) – mais precisamente às 19h08, no horário de Brasília. Não é a primeira vez que uma sonda recolhe amostras de um asteroide, é verdade: a missão japonesa Hayabusa cumpriu o feito ainda em 2010, ao visitar o asteroide Itokawa. Mas é a pela primeira vez que a Nasa realiza uma coleta do tipo.

Continua após a publicidade

O procedimento durou cerca de seis segundos e foi feito de forma totalmente automática. Aliás, não foi sequer preciso que a Osiris-Rex aterrissasse pra valer em Bennu: a retirada de rochas aconteceu graças ao braço mecânico da sonda, que conta com um dispositivo capaz de lançar um jato de gás nitrogênio da superfície e estilhaçar o solo. Depois, era só recolher alguns fragmentos do asteroide que foram levantados com o jato e zarpar de lá. Dá para entender como a técnica funciona no vídeo abaixo.

Nesta quarta-feira, 21, a Nasa divulgou as primeiras imagens oficiais do procedimento. É possível assistir ao braço mecânico durante a ação em Bennu no vídeo abaixo.

Continua após a publicidade


Não se sabe ainda com precisão a quantidade de solo recolhido na manobra. O objetivo da missão, porém, é obter pelo menos 60 gramas das rochas de Bennu – a Nasa garante que é possível trazer até 1 kg de pedra.

Se tudo der certo, as amostras de Bennu devem retornar à Terra à bordo da Osiris-Rex em 2023. Além de darem um panorama mais preciso sobre a composição do asteroide vizinho, os fragmentos recolhidos podem servir, também, para responder perguntas maiores – como a origem de outros objetos celestes que vagam pelo sistema solar, por exemplo.

Publicidade


Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.