Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Tempestade de areia vinda do Saara se encaminha para os EUA

Fenômeno que trouxe uma nuvem de poeira para as Américas é comum, mas se tornou mais intenso esse ano – o que pode trazer danos à saúde e ao ambiente.

Por Guilherme Eler
24 jun 2020, 19h31

Uma nuvem de areia com mais de 8 mil quilômetros de extensão, vinda do deserto do Saara, já varreu países do Caribe como Porto Rico e Cuba – e, desde a última segunda-feira (22), viaja em direção aos Estados Unidos.

As previsões de especialistas americanos é que o poeirão ganhe o Texas e o Luisiana até a próxima sexta-feira (26) e chegue ao estado de Washington, na costa oeste do país, ainda no final desta semana.

Apesar da estranheza que um evento desse porte causa, sabe-se que ele é fruto de um fenômeno bastante conhecido pela ciência, e que acontece todos os anos na costa da África. O que arrasta toda essa areia para o continente americano é a chamada “camada de ar saariana”. Como o próprio nome adianta, ela se forma no Saara, sempre no final da primavera do Hemisfério Norte. 

A ocorrência de ventos fortes gerados por tempestades na região do deserto do Saara – o chamado Sahel – pode lançar grandes grandes quantidades de areia na atmosfera. Por meio de correntes de ar, essa espessa camada de sedimentos pode percorrer milhares de quilômetros e se espalhar em direção às águas do Atlântico Norte, que banha a costa leste dos EUA.

Continua após a publicidade

Você pode assistir à movimentação da massa de areia no tuíte abaixo, feito pela página da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional, órgão do governo americano.

O problema é que, neste ano, esse transporte de material foi bem mais intenso que o normal. De acordo com a agência de notícias Reuters, meteorologistas afirmam que a quantidade de poeira trazida nos últimos dias é a maior desde os anos 1970.

Além de fazer o céu adquirir uma cobertura espessa na cor marrom e prejudicar a visibilidade, a tempestade de poeira se tornou um problema de saúde em potencial. Pessoas que vivem em áreas afetadas pelo mundaréu de areia e que sofrem de asma e outros problemas respiratórios, afinal, têm mais chances de sentir irritação no nariz e garganta.

Como destaca o jornal Washington Post, a poeira excessiva também pode ocasionar problemas de natureza ambiental. Isso porque o ferro contido na areia, se depositado em quantidade suficiente no Golfo do México, poderia causar o aumento em populações de algas. Quando se reproduzem em excesso, organismos do tipo podem desequilibrar ecossistemas.

Continua após a publicidade

Mas há também contrapartidas positivas: de acordo com a Nasa, partículas de areia vindas diretamente do deserto do Saara “ajudam a formar praias do Caribe e fertilizar região solos na Amazônica”. 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.