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Um dia em Urano é 28 segundos mais longo do que se pensava

Entenda a razão por trás da mudança e a sua importância para os estudos astronômicos

Por Bela Lobato
8 abr 2025, 19h00

Um dia em Urano acaba de ficar um pouco mais longo. Calma, ninguém está fabricando tempo no espaço sideral, e nada mudou na órbita do sétimo planeta do Sistema Solar. Na verdade, cientistas apenas recalcularam melhor o tempo estimado que Urano leva para dar uma volta completa em torno do próprio eixo.

A estimativa anterior havia sido feita na década de 1980, com base em dados da espaçonave Voyager 2 da Nasa. Agora, com base na observação de uma década de auroras no gigante gelado, os cientistas conseguiram rastrear melhor os polos magnéticos do planeta, o que permite calcular a rotação com mais precisão.

A conclusão é que uma rotação completa no gigante gelado demora 17 horas, 14 minutos e 52 segundos — 28 segundos a mais do que na estimativa anterior.

As descobertas foram feitas algumas semanas antes do 35º aniversário do lançamento do telescópio Hubble. O ônibus espacial Discovery, da Nasa, colocou o telescópio espacial em órbita em 24 de abril de 1990. “As observações contínuas do Hubble foram cruciais”, disse o autor principal Laurent Lamy, do Observatório de Paris, em um comunicado da Agência Espacial Europeia.

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Aqui na Terra, uma volta completa ao redor do Sol dura 365 dias e 6 horas, período que conhecemos como ano. Urano está bem longe da nossa estrela, a 3 bilhões de quilômetros (e 160 minutos-luz), e lá, a intensidade da luz solar é 400 vezes mais fraca do que a terrestre. Para Urano completar uma volta ao redor do Sol, são preciso 84 anos terrestres.

“Nossa medição não apenas fornece uma referência essencial para a comunidade de ciência planetária, mas também resolve um problema antigo: os sistemas de coordenadas anteriores baseados em períodos de rotação desatualizados rapidamente se tornaram imprecisos, impossibilitando o rastreamento dos polos magnéticos de Urano ao longo do tempo”, explica Lamy.

A descoberta foi publicada na revista Nature Communications no último dia 7. “Com esse novo sistema de longitude, agora podemos comparar observações de auroras que abrangem quase 40 anos e até mesmo planejar a próxima missão a Urano”, finaliza o cientista.

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