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Viagem ao interior do corpo humano

As descobertas da Física ajudam a Medicina a desvendar os segredos do organismo.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h51 - Publicado em 30 set 1999, 22h00

O raio X, descoberto em 1895 pelo físico alemão Wilhelm Roentgen (1845-1923), foi uma das sensações do início do século. Alguns até imaginaram que, com ele, se poderia enxergar os corpos nus por baixo das roupas – como o Super-Homem nas histórias em quadrinhos. Isso é impossível. A novidade serviu, mesmo, como uma ferramenta para a Medicina.

Graças ao raio X, os médicos puderam observar as fraturas de ossos e diversos tipos de anomalias. Mas a radiografia convencional tem o incômodo de misturar as imagens de todas as estruturas que aparecem no caminho da radiação. Ao se tirar, por exemplo, uma chapa do pulmão, as costelas também são registradas, dificultando a análise. Para resolver isso, foram criados novos sistemas de raio X, como a tomografia computadorizada, uma invenção do físico americano Allan Cormack e do engenheiro inglês Godfrey Hounsfield, no início da década de 70. O paciente é colocado numa espécie de túnel. Lá dentro, uma máquina de raio X em formato circular tira radiografias da parte do corpo escolhida para análise, a partir de diferentes ângulos. Os resultados dessas chapas são processados por um computador, que produz uma imagem em três dimensões. Essa técnica é usada principalmente para o diagnóstico de doenças do cérebro.

A tela de televisão

Ao fundo, mostra um detalhe do estômago da paciente que está sendo submetida a uma endoscopia – o exame do interior do corpo por meio de um cabo que carrega luz e uma microcâmera de vídeo. Essa técnica foi inaugurada na década de 50, graças ao desenvolvimento das fibras ópticas. Altamente flexíveis, elas possibilitam aos médicos atingir regiões do corpo que antes só podiam ser observadas mediante cortes na pele.

Cérebro em tempo real

A ciência ainda não consegue fotografar pensamento, mas já é capaz de enxergar o cérebro em plena ação. Isso é possível por meio da PET – Tomografia por Emissão de Pósitrons, na sigla em inglês –, inventada em 1953 pelos médicos americanos Gordon Brownell e William Sweet.

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Na PET, o paciente recebe uma pequena dose de uma substância radioativa que, ao percorrer o cérebro, produz imagens captadas por um aparelho. Com ela, são observados distúrbios como a psicose maníaco-depressiva.

Átomos em polvorosa

De todos os métodos de diagnóstico, o mais sofisticado é a Imagem por Ressonância Magnética (MRI, na sigla em inglês), desenvolvida a partir de 1975 pelo físico suíço Richard Ernst. O paciente fica dentro de uma máquina onde é submetido a uma enorme força magnética, que faz vibrar cada um dos átomos do seu corpo. Essas vibrações são captadas por sensores e analisadas por um computador, que produz uma imagem detalhada do órgão que está sendo examinado. A MRI é particularmente útil no estudo de partes do corpo protegidas por ossos, como o cérebro e a medula espinhal. Tem a vantagem da segurança, já que não utiliza radiação. A maior desvantagem é o custo, muito elevado. A MRI valeu a Ernst o Nobel de Química de 1991.

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