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Vídeo mostra momento que enguia escapa do estômago de predador; assista

Mecanismo raro de fuga foi observado pela primeira vez entre peixes com o uso de raio-X.

Por Bela Lobato
4 out 2024, 12h00

Pesquisadores japoneses já haviam observado um fenômeno misterioso: pequenas enguias que voltavam a nadar normalmente depois de terem sido predadas por peixes maiores. Para entender o confuso mecanismo de fuga desses bichos, montaram um experimento em que observaram os animais sob raio-X em tempo real.

Os resultados, publicados na revista Current Biology, revelam uma estratégia de sobrevivência fascinante das enguias japonesas (Anguilla japonica). Engolidas por um peixe, as pequenas conseguem se contorcer e escapar para fora do estômago do predador e sair pelas brânquias – as fendas por onde os peixes respiram. 

“No início do experimento, especulamos que as enguias escapariam diretamente da boca do predador para a guelra”, disseram os pesquisadores. “No entanto, contrariando nossas expectativas, testemunhar a fuga desesperada das enguias do estômago do predador para as brânquias foi realmente surpreendente para nós.”

“Até o momento, a enguia japonesa é a única espécie de peixe conhecida que consegue escapar do trato digestivo do peixe predador após ser capturada”, afirmaram os cientistas ao portal ScienceAlert

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Esse tipo de fuga já era conhecido em alguns invertebrados, como um besouro que consegue escapar intacto pelo ânus de um sapo. Outro caso é o de um verme parasita de insetos: quando seu hospedeiro é comido, o verme consegue escapar pela boca, narina ou brânquias do predador.

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Durante os experimentos, os cientistas observaram 32 situações de predação – em 13, as enguias encontraram o caminho até as brânquias, e nove completaram a fuga com sucesso. A taxa não é de 100%, mas é bem melhor do que aceitar o destino de virar janta.

Veja abaixo o vídeo da fuga:

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A estratégia depende não só do formato longo e escorregadio das enguias, mas também de sua força muscular e tolerância a ambientes ácidos e com pouco oxigênio. As enguias que não conseguiram escapar ainda tentaram circular o estômago do predador em busca de uma saída. O tempo médio de atividade antes de sucumbirem ao hostil ambiente digestivo foi de 211 segundos. Veja abaixo um registro do gira-gira:

Com essas descobertas, os cientistas agora se perguntam se outras espécies também podem apresentar habilidades semelhantes. Eles afirmam que a utilização de raios X para observar a fuga pós-captura em diferentes espécies pode abrir portas para novos estudos sobre a evolução das táticas anti-predadores.

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