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Alexandre Versignassi

Por Alexandre Versignassi Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Blog do diretor de redação da SUPER e autor do livro "Crash - Uma Breve História da Economia", finalista do Prêmio Jabuti.

Fausto Fanti, criador de Hermes & Renato

Hermes & Renato foi o Nirvana. A parte punk, despojada, tosca, era só a embalagem de uma obra sofisticada, cuidadosa. Tudo o que eles faziam era construído com solidez e lapidado à exaustão. O exemplo mais óbvio são as paródias musicais. “Unidos do Caralho a Quatro” não é só uma tiração com os clichês dos […]

Por Alexandre Versignassi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 3 set 2024, 10h10 - Publicado em 31 jul 2014, 14h14

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Hermes & Renato foi o Nirvana. A parte punk, despojada, tosca, era só a embalagem de uma obra sofisticada, cuidadosa.

Tudo o que eles faziam era construído com solidez e lapidado à exaustão. O exemplo mais óbvio são as paródias musicais. “Unidos do Caralho a Quatro” não é só uma tiração com os clichês dos sambas-enredo, ou com as desgraças gramaticais das letras (“Desde os tempos mais primórdios…”). A coisa também é um baita samba-enredo em si. Sem os palavrões, ganhava o Carnaval do Rio nesse quesito. Não é exagero: o Massacration, criado para achincalhar os clichês do metal, virou uma banda de metal tão boa que passou a tocar nos festivais – abriram pro Sepultura, assinaram com a EMI…

Esse cuidado se estendia a detalhes que outros humoristas costumam deixar de lado. Se o Boça pegava um táxi, a interpretação do taxista rivalizava com a do próprio Boça. Se o Joselito parava para tomar uma cerveja com os bróders, os bróders eram um mais figura do que o outro. Não é pouca coisa. Sem falar que o nome “Joselito” já deveria estar dicionarizado como sinônimo do distúrbio de personalidade que ele representa.

Os rostos mais conhecidos eram mesmo o do Joselito e o do Boça. Os personagens do Felipe Torres e do Adriano Silva foram o Mussum e o Zacarias ali – tão brilhantes que ofuscavam o resto da produção do grupo. Mas o Renato Aragão da coisa era o Fausto Fanti. Era dele a energia criativa por trás de tudo.

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E o Fausto nunca vai morrer: tudo o que veio depois desse cara no humor carrega um pouco do DNA dele. Em todo tipo de humor. Até o meu trabalho, que não tem nada a ver com isso, seria bem diferente se ele não tivesse nascido – e bem pior.

—–

Bom, se Hermes & Renato foi importante na sua vida também, vale assistir este documentário aqui embaixo. Por enquanto, é a melhor biografia do Fausto Fanti. Que venham mais: https://www.youtube.com/watch?v=dUxySgukD6c Aqui na Super, onde Unidos do Caralho a Quatro sempre foi a trilha sonora dos fechamentos pré-Carnaval, a gente está produziu algumas coisas em homenagem. A primeira tá no blog do Felipe van Deursen.

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