Desconto de até 39% OFF na assinatura digital
Imagem Blog

Alexandre Versignassi

Por Alexandre Versignassi Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Blog do diretor de redação da SUPER e autor do livro "Crash - Uma Breve História da Economia", finalista do Prêmio Jabuti.
Continua após publicidade

O plano do Papa para controlar a economia

Bom, Papa ele não é. Mas agora tem chance de ser. E o plano dele para controlar a economia já existe. Estou falando deste senhor aí em cima, o cardeal ganês Peter Turkson, apontado como um dos favoritos na corrida papal. Em 2011, ele propôs a criação de um “Banco Central Mundial”: uma entidade que […]

Por Alexandre Versignassi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 21 dez 2016, 09h49 - Publicado em 14 fev 2013, 17h11

Bom, Papa ele não é. Mas agora tem chance de ser. E o plano dele para controlar a economia já existe. Estou falando deste senhor aí em cima, o cardeal ganês Peter Turkson, apontado como um dos favoritos na corrida papal.

Em 2011, ele propôs a criação de um “Banco Central Mundial”: uma entidade que mande de fato na economia de todos os países (não confunda com “Banco Mundial”, coisa que o mundo já tem faz tempo – e que empresta coisa de US$ 20 bilhões por ano para países pobres a juros baixos.). A lógica dele é a seguinte: “Quando o mundo saiu da Segunda Guerra, criaram a ONU. O mundo achou necessário se unir para lidar com um mal que ele não queria experimentar de novo”, disse Turkson. Agora, com a crise na economia mundial, seria necessário algo nessa linha: “A ONU tem competência suficiente para lidar com isso? Ou precisamos repensar, remodelar as coisas?”. A proposta de remodelo, então, um Banco Central Global. Um “BCG”. Chega um governo e resolve confiscar a poupança? O BCG pode vetar. Os EUA querem salvar mais um banco? Têm que pedir autorização pro BCG antes. É por aí: uma ONU do dinheiro.

Puro sonho. Nenhum país se sujeitaria a abrir mão do poder sobre a própria economia. Mas a ideia, na essência, não é estapafúrdia. Outro dia um leitor aqui do blog me perguntou por que o mundo não instituía uma moeda única de uma vez. Respondi que, moeda única, mesmo, só com um Banco Central Mundial, que cuide da emissão observando a necessidade de cada um – liberando mais dinheiro para fomentar quem está mal das pernas e tirando grana de circulação onde a inflação começa a ameaçar, por exemplo. Esse BC mundial só conseguiria agir se fosse uma entidade acima de qualquer governo, totalmente independente. Agora imagina os EUA ou a China obedecendo cegamente uma entidade supranacional… Esquece. Nem EUA, nem China, nem Brasil… Nem Gana.

Isso só seria viável quando (e se) a ideia de “nação” que temos hoje ficar obsoleta. Quando o ato de pensar “no que é melhor para o país” parecer tão mesquinho quanto perguntar “que vantagem eu levo nisso?”. Não vai acontecer tão cedo. É utopia. Mas vai saber… Até pouco tempo atrás a ideia de um Papa africano também era.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 6,00/mês

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 14,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.