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Bruno Garattoni

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Vencedor de 15 prêmios de Jornalismo. Editor da Super.

Apple mostra novo MacBook Air, com processador M2 e 18h de bateria, e navegador que dispensa as senhas

Processador promete a mesma economia de energia do M1, mas 20% mais performance; empresa também apresentou novas versões do MacBook Pro, do iOS, do macOS e do navegador Safari, que troca as senhas da internet por um sistema de autenticação biométrico.

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Atualizado em 6 set 2024, 10h27 - Publicado em 6 jun 2022, 16h25

Processador promete a mesma economia de energia do M1, mas 20% mais performance; empresa também apresentou novas versões do MacBook Pro, do iOS, do macOS e do navegador Safari, que troca as senhas da internet por um sistema de autenticação biométrico.  

Acabou de terminar a apresentação do WWDC (Worldwide Developers Conference), o evento anual de software da Apple. A empresa começou mostrando o novo iOS 16, cuja mudança mais evidente está na tela de bloqueio (lock screen): agora ela tem widgets, que mostram as condições climáticas, resultados de eventos esportivos e informações de apps, como o Uber – com um grafiquinho que mostra o seu carro chegando, por exemplo. 

Imagem de uma mão segurando um iPhone, mostrando a nova visualização dos lockscreens.
(Apple/Reprodução)

Os desenvolvedores de apps poderão criar seus próprios widgets para a tela de bloqueio. Eles devem se tornar bem populares. Só tomara que não virem um novo conduíte de spam, como as notificações acabaram se tornando. 

A Apple sabe disso, tanto que está ampliando o modo Focus do iOS. Ele destaca o conteúdo relevante para cada situação – enquanto você está trabalhando, por exemplo, o iPhone pode mostrar as mensagens e notificações de trabalho acima das demais (se o Focus estiver ativado). Esse filtro também irá controlar os widgets da tela de bloqueio. 

O Focus é um recurso muito poderoso, que estreou no iOS 15 mas ainda é pouco usado – porque ele tem de ser configurado manualmente, o que pouca gente acaba fazendo. Bem que o iOS (ou o Android) poderia usar algum tipo de inteligência artificial para aprender sozinho, e distinguir quais notificações e mensagens são mais importantes em cada momento ou situação. 

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A priorização automática de informações pode ser o próximo grande passo nos smartphones. No começo dos anos 2000, o Gmail praticamente resolveu o problema do spam que chega por email (e ele geralmente consegue detectar e remover da caixa de entrada). Agora, é hora de alguém fazer a mesma coisa com as notificações e mensagens dos celulares.

Imagem do Car Play.
(Apple/Reprodução)

A Apple também mostrou uma nova versão do CarPlay, o software que integra o iPhone ao carro. Ele é capaz de controla todas as telas do veículo – inclusive o painel principal, atrás do volante, onde ficam o velocímetro e as informações mais importantes. Pode não parecer, mas isso é bem importante: o primeiro passo da Apple para tentar dominar o software dos automóveis. Resta saber se os fabricantes de automóveis vão topar.

O beta do iOS 16, para desenvolvedores de software, será liberado nos próximos dias. A versão final, nos próximos meses.

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Imagem do processador M2.
(Apple/Reprodução)

Em seguida, veio o chip M2. Um ano e meio após o lançamento do M1, que redefiniu a relação entre performance e autonomia nos notebooks, e alguns meses depois das evoluções M1 Pro e M1 Ultra, a Apple finalmente mostrou a segunda geração de seu principal processador. Assim como o M1, o M2 usa o processo de fabricação de 5 nanômetros e tem 8 núcleos. Mas eles são diferentes, com 20% a mais de circuitos – por isso, o M2 promete 18% mais performance do que o M1. Se isso se comprovar na prática, será um salto notável (as CPUs costumam ganhar 10% de performance, em média, entre uma geração e outra). 

Imagem do novo MacBook Air.
(Apple/Reprodução)

O processador M2 estreia no novo MacBook Air, que foi bastante redesenhado. Ele pesa 1,2 kg, tem 11 milímetros de espessura e bordas mais quadradas (como nos iPads e iPhones das últimas gerações). A tela é de 13,6 polegadas, com o “entalhe” superior típico do iPhone. Segundo a Apple, a bateria do Air dura até 18 horas – ou seja, o M2 mantém o baixíssimo consumo de energia do chip M1

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O novo Air tem saída para fones de ouvido e conector Magsafe e será vendido em quatro cores (incluindo uma nova, azul escuro). Ele vai custar a partir de US$ 1.199 nos EUA (na versão com 8 GB de RAM e SSD de 256 GB). O preço no Brasil é, como de costume, assustador: a partir de R$ 13.299. 

Imagem do MacBook Pro.
(Apple/Reprodução)

A Apple mostrou um novo MacBook Pro, também com o chip M2 de 8 núcleos. Ele reintroduz a controversa Touch Bar (barra de LCD sensível ao toque, na parte superior do teclado) e também tem tela de 13 polegadas. Vai custar a partir de US$ 1.299 – no Brasil, R$ 14.499 – e sua bateria, segundo a Apple, dura até 20h (porque ela é fisicamente um pouco maior que a do Air). 

O Pro usa o mesmo chip M2 do MacBook Air, com uma diferença: sua GPU integrada tem 10 núcleos, dois a mais do que no Air. Na geração anterior, o MacBook Pro tinha cooler interno, mas o Air não – por isso, em situações de alto processamento contínuo (como renderizar um vídeo, por exemplo), o Air desacelerava a CPU em 10% a 15% para evitar superaquecimento. A Apple não entrou nesse detalhe durante a apresentação de hoje. A conferir.

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Imagem do Mac Ventura.
(Apple/Reprodução)

O evento terminou com o macOS Ventura. Seu grande destaque é a nova versão do navegador Safari, que substitui as senhas por “passkeys” – em vez de criar passwords para acessar sites e serviços online, você usa o seu rosto ou impressão digital para se autenticar neles. Em tese, isso é bem mais seguro do que usar senhas – e pode ser revolucionário. 

Mas vamos esperar para ver como funciona na prática. Afinal, nos últimos tempos surgiram vários casos de roubo de smartphones, no Brasil, em que os ladrões conseguiram burlar os sistemas de segurança biométrica usados em apps bancários. 

O Safari é um browser relativamente pouco usado, principalmente no desktop/laptop. Para que as passkeys decolem, o Google teria de incluí-las no Chrome. Mas há um problema de hardware: a esmagadora maioria dos dispositivos Android não tem câmeras frontais com mapeamento 3D (que é necessário para autenticar o rosto e evitar que o sistema seja burlado por fotos). Os notebooks Windows também não – e, na grande maioria dos casos, nem leitor de impressões digitais.

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