As 3 melhores novidades da feira Consumer Electronics Show
Mais um janeiro, mais uma edição da CES, principal feira de tecnologia do mundo. Ela perdeu relevância nos últimos tempos (os fabricantes têm preferido apresentar seus lançamentos em eventos próprios), mas este ano está boa e movimentada. Tem uma máquina que imprime doces, diretor de cinema dando chilique no palco, e até o carro da Fórmula E, […]
Mais um janeiro, mais uma edição da CES, principal feira de tecnologia do mundo. Ela perdeu relevância nos últimos tempos (os fabricantes têm preferido apresentar seus lançamentos em eventos próprios), mas este ano está boa e movimentada. Tem uma máquina que imprime doces, diretor de cinema dando chilique no palco, e até o carro da Fórmula E, uma F-1 elétrica cujo campeonato estreia em setembro. Mas as três melhores novidades, para mim ao menos, são:
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1. A transformação da parede. Todo ano, a CES é palco de televisões maiores, melhores e até meio doidas (este ano, LG e Samsung exibiram modelos cujas telas se entortam ao apertar de um botão). A LG também mostrou televisões com o sistema operacional webOS, que foi comprado da extinta Palm e traz uma interface bem interessante, Mas nada chamou tanto a atenção quanto o conceito Lifespace UX, apresentado pela Sony. Seu ponto central é um móvel que fica encostado na parede – e esconde um projetor de tiro ultra-curto, capaz de gerar imagens de 147 polegadas com resolução Ultra HD (quatro vezes maior que a atual Full HD).
Não é o primeiro projetor do tipo -a LG já vende um desde 2013-, mas é o primeiro Ultra HD e integrado a um móvel, que pode ser encostado na parede e se integra perfeitamente ao ambiente. Será lançado este ano, por US$ 30 mil. Com o tempo, o preço irá cair, a qualidade de imagem irá melhorar. E um dia as paredes das casas serão telas.
2. Games via internet – e sem videogame. O Xbox One e o Playstation 4 tiveram o melhor lançamento de todos os tempos – Sony e Microsoft venderam 7,2 milhões de unidades apenas no primeiro mês. Mas, na feira, o destaque foi um serviço que pode aposentar os consoles um dia. Ele se chama PlayStation Now e promete algo revolucionário: jogos direto na TV, ou seja, sem um aparelho de videogame. Os games rodam em servidores remotos, mantidos pela Sony, e a imagem é enviada em tempo real para a tela do seu televisor (que também capta os comandos que você dá no joystick e envia para o data center da Sony).
É uma ideia muito boa, que tem apenas um obstáculo prático: para que o sistema funcione bem, você precisa estar relativamente próximo ao data center (do contrário, a latência na transmissão de dados torna impossível jogar). Por isso, o PlayStation Now só será oferecido nos EUA, ao menos num primeiro momento. Ele oferecerá jogos de PS2 e PS3 – de PS4, não -, e rodará nas novas TVs da Sony, em smartphones e tablets e também nos consoles PS3, PS4 e PS Vita.
3. O nanocomputador. Ele tem o tamanho de um cartão de memória, mas é o menor PC do mundo, com processador de 400 MHz, Wi-Fi, Bluetooth e aplicativos. A ideia é que o Intel Edison seja embutido em outros gadgets, como fones de ouvido (que poderiam medir os seus sinais vitais para inferir seu estado de espírito e escolher músicas de acordo com ele), relógios inteligentes e até roupinhas e mamadeiras de bebê (a roupinha avisaria que a criança acordou, e a mamadeira começaria a esquentar o leite).
OK, os exemplos citados pela Intel soam meio amalucados. Mas a ideia é ótima. Colocar um computador dentro de tudo pode transformar a maneira como nos relacionamos com os objetos. Isso vai depender do preço do Edison, que terá de ser baixo (e não foi divulgado).