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Bruno Garattoni

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Vencedor de 15 prêmios de Jornalismo. Editor da Super.

China lança primeiros satélites que irão formar supercomputador no espaço

Rede completa terá até 2.800 satélites, conectados por uma rede laser de 100 Gbps, e será capaz de processar 1 quintilhão de operações matemáticas por segundo

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21 Maio 2025, 16h00

No dia 14 de maio, às 12:12 da madrugada, um foguete Long March 2D decolou do Centro de Lançamento de Jiuquan, no norte da China, levando 12 satélites. Eles foram desenvolvidos pela startup chinesa ADA Space em parceria com o Zhejiang Lab, e são as primeiras peças de um projeto ousado: um supercomputador na órbita terrestre. 

Ele será formado por 2.800 satélites, que juntos serão capazes de executar 1 quintilhão de operações matemáticas por segundo (exaOPS). Segundo a ADA Space, os doze satélites que já estão no espaço têm ao todo 30 terabytes de espaço para armazenamento de dados, e trocam dados entre si usando uma conexão laser com velocidade de até 100 Gbps. 

Cada um deles roda o próprio algoritmo de inteligência artificial – mas é um modelo pequeno, com apenas 8 bilhões de parâmetros, similar ao que você pode instalar num PC doméstico. A eventual serventia da constelação, quando ela estiver formada, está na soma da capacidade dos satélites – e em sua localização. 

 

Manter um supercomputador no espaço permite pode representar uma vantagem geoestratégica considerável. Ele poderia receber e processar os dados de naves e sondas espaciais, por exemplo, mesmo em caso de bloqueio (jamming) dos receptores em terra – algo que poderia ocorrer numa situação de guerra. 

Também poderia servir como um backup, guiando operações e sistemas militares, se houvesse o comprometimento de sistemas e redes terrestres. A ADA Space não fala em nada disso: só menciona usos civis para a rede de satélites, a que ela se refere como “Constelação Computacional de Três Corpos”. Os comunicados oficiais não trazem maiores informações sobre o nome (que guarda semelhança com “O Problema dos Três Corpos”, livro de ficção científica publicado em 2006 pelo escritor chinês Liu Cixin).

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A decolagem do foguete Long March 2D foi o 26o lançamento do programa espacial chinês em 2025. Os satélites também carregam instrumentos científicos – como um medidor da polarização, desenvolvido pela Academia Chinesa de Ciências, que serve para detectar emissões de raios gama no espaço (fenômeno causado pela morte de estrelas).   

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