PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana
Imagem Blog

Bruno Garattoni

Por Bruno Garattoni Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Vencedor de 15 prêmios de Jornalismo. Editor da Super.

Cinturão com 8.000 km de algas se aproxima da costa leste dos EUA

Emaranhado de sargaço pesa 13 milhões de toneladas e deve chegar às praias da Flórida nas próximas semanas, causando incômodo e mau cheiro; fenômeno pode estar relacionado ao desmatamento da Amazônia

Por Bruno Garattoni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 6 set 2024, 15h41 - Publicado em 24 abr 2023, 14h57

Emaranhado de sargaço pesa 13 milhões de toneladas e deve chegar às praias da Flórida nas próximas semanas, causando incômodo e mau cheiro; fenômeno pode estar relacionado ao desmatamento da Amazônia

O Grande Cinturão de Sargaço é um enorme aglomerado de algas que foi detectado pela primeira vez em 2011 – e se tornou mais intenso nos últimos anos. Nesta temporada, imagens de satélite indicaram que ele está com 13 milhões de toneladas e aproximadamente 8.000 km de extensão.   

O sargaço é um gênero que inclui várias espécies de alga – no cinturão, os tipos mais comuns são o Sargassum fluitans e o Sargassum natans, ambos compridos e amarronzados. O cinturão não é um bloco contínuo: é um enorme conjunto de pedaços de sargaço, que se forma anualmente no Oceano Atlântico e afeta as praias dos EUA, do México e do Caribe. 

mapa
(Wikimedia Commons/Reprodução)

Os piores anos do Grande Cinturão de Sargaço foram 2022, quando ele chegou a 24 milhões de toneladas, e 2018, com 20 milhões (quase dez vezes a quantidade do primeiro ano, 2011). O fenômeno atinge seu ápice em maio e junho, ou seja, o cinturão deste ano ainda poderá crescer até alcançar a costa, o que deve ocorrer nas próximas semanas. Mesmo antes do pico, algumas praias da Flórida já têm recebido grandes quantidades de sargaço.   

Continua após a publicidade

O surgimento do cinturão ainda não é plenamente compreendido. A teoria mais aceita afirma que sua causa são mudanças na água. O rio Amazonas e as correntes marítimas da África estariam jogando mais nitrogênio no oceano – isso favorece o crescimento do sargaço, que se alimenta desse nutriente. 

No caso amazônico, a quantidade de nitrogênio estaria aumentando devido ao desmatamento de partes da floresta e sua transformação em áreas de plantio (nas quais o nitrogênio é extensivamente utilizado como fertilizante). 

Ao chegar à costa, o sargaço fica flutuando na praia e também se deposita na areia – onde ele começa a se decompor, liberando sulfeto de hidrogênio (um gás que tem cheiro de ovo podre). A exposição crônica a esse gás, durante longos períodos, pode causar dor de cabeça, tontura e problemas digestivos.

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.