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Bruno Garattoni Por Bruno Garattoni Vencedor de 15 prêmios de Jornalismo. Editor da Super.
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Governo dos EUA cede o controle da internet

Arquivo-mestre, que contém os endereços de todos os sites da rede, vai ser administrado por um grupo de 111 países; entenda A internet é uma rede altamente descentralizada, capaz de funcionar sem coordenação central e contornar a eventual destruição de vários dos seus nós – porque foi concebida, nos anos 1960, para servir como meio […]

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Atualizado em 21 dez 2016, 09h41 - Publicado em 7 out 2016, 14h26
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    A internet é uma rede altamente descentralizada, capaz de funcionar sem coordenação central e contornar a eventual destruição de vários dos seus nós – porque foi concebida, nos anos 1960, para servir como meio de comunicação robusto, capaz de sobreviver a uma eventual guerra nuclear (a ARPANET, que antecedeu a internet, era um projeto do Pentágono). Tudo isso é verdade. Mas não é toda a verdade. A internet moderna possui, sim, um controle central.

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    Ele é responsável por administrar a concessão dos “domínios de rede” – são os endereços que identificam cada um dos bilhões de sites da internet. Esse trabalho precisa ser centralizado porque, do contrário, vários sites poderiam tentar registrar um mesmo endereço – e aí, quando você o digitasse no seu navegador, ele simplesmente não saberia para onde ir. Em suma: sem um banco de dados central e unificado, a internet como a conhecemos não existiria (quando quisesse acessar um site, você teria de digitar o endereço IP dele. O da SUPER, por exemplo, é 107.22.229.190).

    Esse banco de dados se chama DNS (Domain Name System) e, até esta semana, era administrado pelo governo dos Estados Unidos. O US Department of Commerce era quem mantinha a lista-mestre do DNS, que é replicada e seguida por todos os provedores de acesso à internet, no mundo inteiro. Ou seja: em última instância, o governo dos EUA tinha o poder de determinar quais endereços poderiam ou não existir. Se quisesse, o governo americano poderia deletar ou bloquear o endereço de uma determinada página.

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    Agora, o controle da lista-mestre passou às mãos da Icann: a Internet Corporation for Assigned Names and Number, uma organização não-governamental. Ela existe desde 1998 e sempre teve influência sobre aspectos-chave da internet -é ela quem decide quais sufixos, como .org, .com ou .net, são permitidas na rede-, mas nunca teve o poder supremo.

    A Icann saudou a mudança como um “momento histórico, que marca a transição da coordenação e da administração dos identificadores únicos da internet para o setor privado“. A entidade tem representantes de 111 países, ou seja, é uma espécie de ONU da internet (que entre 2000 e 2003 foi presidida por um brasileiro, o professor de ciências da computação Ivan Moura Campos).

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    Como a ONU, a Icann é fortemente influenciada pelos Estados Unidos: sua sede, inclusive, fica na Califórnia. Por isso, Rússia e China defendiam outro caminho, pelo qual o controle da internet seria passado para a ITU (International Telecomunications Union), entidade que foi criada em 1865 para administrar padrões tecnológicos internacionais (o primeiro foi as frequências de rádio usadas nas comunicações de longa distância) e tem sede em Genebra.

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