Microsoft quer instalar o Windows 10 no seu PC; veja se vale a pena e saiba o que fazer
Ela começou, ontem, a distribuir esse aviso acima para os PCs com Windows – que está presente em mais de 90% de todos os computadores do mundo. É uma janelinha dizendo que o novo Windows 10 será lançado em julho, e avisando que você tem direito a fazer gratuitamente o upgrade – desde que o […]
Ela começou, ontem, a distribuir esse aviso acima para os PCs com Windows – que está presente em mais de 90% de todos os computadores do mundo. É uma janelinha dizendo que o novo Windows 10 será lançado em julho, e avisando que você tem direito a fazer gratuitamente o upgrade – desde que o seu computador tenha Windows 7 ou 8. Você dá um clique para “reservar” a sua cópia, que será baixada automaticamente assim que estiver disponível (o computador avisará antes de começar a instalar o upgrade). E agora? Vamos lá.
1. Vale a pena baixar a atualização?
Depende. O Windows 10 não tem inovações bombásticas. Na verdade, sua principal inovação é a volta do Menu Iniciar (que havia sido removido do Windows 8, numa medida que gerou polêmica e consternação entre os usuários). No novo Windows, ele voltou a ser como era antes, exceto por uma pequena melhoria – um painel adicional, do lado direito, que mostra atalhos dinâmicos, atualizados com informações da internet. Em vez de um simples ícone para a sua agenda, por exemplo, você verá um atalho que mostra os seus próximos compromissos. Exatamente como no Windows Phone.
Não é indispensável, mas é bacana. A assistente pessoal Cortana, que entende comandos de voz, também – mas ela não entende português, pelo menos não por enquanto. A outra novidade é o Microsoft Edge, um navegador totalmente novo que vem para substituir o Internet Explorer. É bem parecido com o Google Chrome, e pode até usar as Extensões (plug-ins) dele.
Se você adora experimentar coisas novas, vale a pena instalar o Windows 10. Se você usa o Windows 8, também – porque o novo sistema corrige vários problemas do antecessor, como menus confusos e fora de lugar. Agora, se você usa o Windows 7 e está feliz… talvez seja melhor esperar um pouco (segundo a Microsoft, haverá um ano de prazo para fazer o upgrade gratuito). Uma atualização de sistema operacional sempre envolve algum risco – veja a seguir o porquê disso.
2. É perigoso fazer o upgrade? Vou perder meus arquivos?
Em tese, migrar do Windows 7 ou 8 para o 10 é um processo tranquilo. A base do sistema é a mesma, não há grandes mudanças – não é como mudar do XP para o 7, por exemplo. E, lógico, o upgrade não apaga os seus programas, documentos e arquivos (mas nem pense em tentar antes de fazer um backup, ok? É imprescindível ter um backup, sempre – e hoje em dia, com a altíssima capacidade e os baixos preços dos HDs externos, não há desculpa para não fazer isso).
A chance de problemas é relativamente pequena, mas não é nula. Na prática, sempre poderá existir algum programa, ou algum driver, que não funciona com o novo sistema. Porque o Windows é compatível com uma infinidade de hardwares e softwares, que formam uma quantidade incalculável de combinações. E é muito difícil testar tudo isso antes de liberar o sistema. Às vezes as coisas só aparecem na prática. Por isso, é aconselhável esperar pelo menos uma semana a partir do lançamento -que está marcado para 29 de julho- antes de fazer a instalação.
3. E se eu não quiser atualizar?
Você simplesmente ignora, e fecha, a janelinha com a mensagem da Microsoft. (Ou, se tiver TOC e quiser eliminar todos os rastros dela, desinstala essa atualização aqui).
4. Tenho Windows pirata, e ouvi dizer que a Microsoft vai anistiar todo mundo. É verdade?
Não. Há um mal-entendido envolvendo o tema. Ele começou quando um diretor da Microsoft disse que todos os usuários de Windows 7/8, inclusive quem tem sistema pirata, poderiam baixar a nova versão. Mas, como a empresa esclareceu depois, isso não significa que os piratas serão anistiados. Eles conseguirão instalar a nova versão, mas seus computadores continuarão sendo “não-autorizados” pela Microsoft, que poderá impor sanções. Elas podem ir de coisas meramente incômodas, como mudar o papel de parede para preto e exibir uma mensagem dizendo que “este Windows não é original”, até medidas mais drásticas, como exigir a ativação (legalização) da máquina. É provável que as sanções tendam a ser brandas, inclusive porque a Microsoft pretende atrair o máximo possível de gente (ela quer que o W10 alcance 1 bilhão de máquinas nos próximos anos), mas elas poderão existir. E com certeza o novo Windows virá com sistemas antipirataria aprimorados. Para quem está na ilegalidade, o melhor é adquirir uma versão legal do sistema – ou migrar para uma opção gratuita, como o Ubuntu Linux.