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Bruno Garattoni

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Vencedor de 15 prêmios de Jornalismo. Editor da Super.

Microsoft revela capacidade gráfica do novo Xbox; cresce expectativa sobre o PlayStation 5

12 Teraflops. Esse é poder de processamento gráfico do novo console, que será lançado este ano. Entenda o que isso significa - e qual pode ser a resposta da Sony

Por Bruno Garattoni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 5 set 2024, 09h10 - Publicado em 26 fev 2020, 15h21

12 Teraflops. Esse é poder de processamento do novo console, que será lançado este ano. Entenda o que isso significa – e qual pode ser a resposta da Sony 

O ano era 2013. A sétima geração de consoles estava chegando ao fim, e a Microsoft tinha motivos para comemorar: o Xbox 360 havia quase empatado, em número de unidades vendidas, com a toda-poderosa Sony e seu PlayStation 3. A empresa de Bill Gates se tornara uma potência no mercado de games, e tinha boas chances de assumir a liderança na próxima geração de consoles. Mas, aí, tropeçou feio.

Seu novo videogame, o Xbox One, era mais caro do que o PlayStation 4 (porque vinha de fábrica com o sensor de movimentos Kinect, o que acabou se mostrando um erro). E, pior ainda, ele era bem menos potente: seu chip de vídeo alcançava 1,31 teraflop, ou seja, era capaz de executar 1,3 trilhão de operações matemáticas por segundo. Bem menos do que o PS4, com 1,84 teraflop. O mercado juntou as duas coisas, e a Microsoft ficou para trás: até hoje, o Xbox One vendeu 47 milhões de unidades, menos da metade do PS4 (108,9 milhões). Em 2017, a Microsoft reconquistou a dianteira tecnológica com o Xbox One X, uma evolução do console com 6 teraflops de capacidade de processamento gráfico – mas era tarde demais para alcançar a Sony em vendas. 

Com os consoles da nona geração, que serão lançados este ano, essa corrida recomeça do zero. E a relação preço-potência é crucial para determinar quem irá vencê-la. A Microsoft foi a primeira a mostrar suas cartas: anunciou que seu novo console, o Xbox Series X, terá 12 teraflops e suporte a funções como ray tracing (técnica de iluminação que utiliza física real, e por isso gera cenas mais realistas) e variable rate shading: que permite direcionar o poder de processamento gráfico para determinados elementos da tela, tornando-os mais detalhados. Parece promissor. O preço do Xbox, o outro fator determinante, não foi divulgado – mas é possível que a Microsoft lance simultaneamente um segundo console, menos potente e mais barato.

A Sony, por sua vez, ainda não mostrou seu trunfo. O hardware do PlayStation 5 já está finalizado – ele usará CPU e chip de vídeo da marca AMD, como o novo Xbox -, mas a Sony está mantendo a performance em sigilo. Isso tem alimentado dois rumores: um diz que o PS5 alcançará 9,5 teraflops, ficando abaixo do rival, e outro afirma que ele será mais poderoso que o console da Microsoft. São só rumores, sem comprovação. Como também é apenas um rumor, porém mais substancial, a informação de que a Sony estaria tendo dificuldade para manter em US$ 450 o preço do novo PlayStation. A informação é da agência Bloomberg, que cita fontes da empresa japonesa. 

Por muito tempo, os consoles de videogame foram vendidos abaixo do preço de custo. Seus fabricantes aceitavam ter prejuízo para conquistar um bom pedaço de mercado, vendendo muitos consoles – e depois recuperavam o dinheiro com os games em si (cujo valor contém um royalty pago à Sony, à Microsoft ou à Nintendo). Na última geração, isso mudou. O PS4 já foi lançado em break-even e logo, com o aperfeiçoamento de seu processo produtivo, passou a dar lucro. A Sony pretende, e talvez consiga, manter essa política na nova geração. Já a Microsoft pode estar disposta a bancar algum subsídio ao hardware – pois acredita-se que o custo de produção do novo Xbox esteja em torno de US$ 500. Lançando o aparelho por esse valor, que é uma espécie de limite psicológico da indústria de games (todos os consoles mais caros do que isso fracassaram), ela terá prejuízo – pois uma parte significativa dos US$ 500 ficará com o varejista. 

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