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Bruno Garattoni

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Vencedor de 15 prêmios de Jornalismo. Editor da Super.

OpenAI libera o ChatGPT para navegar na internet e se conectar a outras máquinas

Robô poderá acessar informações online, interagir com outros aplicativos e realizar tarefas, como comprar passagens aéreas ou pedir comida, se o usuário quiser; empresa admite que liberação traz "riscos significativos"  

Por Bruno Garattoni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 6 set 2024, 15h42 - Publicado em 24 mar 2023, 14h46

Robô poderá acessar informações online, interagir com outros aplicativos e realizar tarefas, como comprar passagens aéreas ou pedir comida, se o usuário quiser; empresa admite que liberação traz “riscos significativos”  

A OpenAI anunciou que, a partir de agora, o ChatGPT terá permissão para navegar na internet e buscar informações em outros sites, bem como interagir com outros computadores e apps de terceiros – que funcionarão, segundo a OpenAI, como “os olhos e ouvidos” do robô. 

Até ontem, o ChatGPT só tinha acesso aos dados que foram usados para “treiná-lo”: mais de 45 terabytes de textos, copiados da internet pela OpenAI em setembro de 2021. Ele não tinha acesso a nada posterior, nem autonomia para buscar informações na rede. Agora tem.   

O robô fará isso por meio de um plug-in, que a OpenAI chama de Browsing. Além dele, a empresa anunciou outros 11 plug-ins para o ChatGPT, com os quais ele poderá se conectar a outros apps e plataformas: vai mostrar passagens aéreas do Expedia e do Kayak, sugerir reservas de restaurantes no OpenTable e usar o Klarna para comparar preços em lojas online, por exemplo. Veja um exemplo no vídeo abaixo:

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Note que, nessa primeira demo, o ChatGPT não faz nada sozinho: só mostra um link para o usuário clicar, se ele quiser – e, aí sim, reservar uma mesa em um restaurante.

Porém, a OpenAI afirma que o robô será capaz de automatizar todo o processo, podendo comprar passagens aéreas ou pedir comida se o usuário mandar.

É uma grande mudança. Alegando questões de segurança, a OpenAI sempre restringiu o acesso a seu algoritmo de conversação (só pesquisadores ou pessoas aprovadas pela empresa podiam usá-lo). 

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Isso só mudou no fim do ano passado, com o lançamento do ChatGPT – construído a partir do GPT-3, um algoritmo que já existia desde 2020, mas nunca havia sido liberado ao público. Mesmo assim, no lançamento, o ChatGPT continha restrições duras. Que, agora, a OpenAI começa a afrouxar. 

Segundo ela, o ChatGPT só poderá executar ações em outros computadores a pedido do usuário. A empresa diz ter inserido “vários mecanismos de segurança” no bot para impedir que ele faça essas coisas sozinho. 

Mas a empresa admite que a conexão do robô a outras máquinas traz “riscos significativos”. Por isso, ela quer ir devagar. Inicialmente, só vai liberar o uso dos plug-ins para uma pequena quantidade de desenvolvedores e usuários do ChatGPT Plus (a versão paga do serviço, que custa US$ 20 mensais). 

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A ideia é ir monitorando o uso dos plug-ins, para identificar eventuais problemas antes de liberar tudo ao público em geral. A abertura do ChatGPT reflete o que já acontece no buscador Bing, da Microsoft – cujo robô de conversação, que foi criado pela OpenAI e também usa o algoritmo GPT (Generative Pre-Trained Transformer), é capaz de acessar a internet (mas não interagir com apps). 

A integração do robô do Bing com a internet funciona bem. Porém, nos primeiros dias após seu lançamento, ela chamou a atenção pelo comportamento amalucado, bem distante da sobriedade do ChatGPT.

Isso acabou levando a Microsoft a limitar o número de perguntas que cada pessoa pode fazer ao bot (a probabilidade de que ele “saia da linha”, e comece a falar coisas estranhas, aumenta em conversas mais longas).

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