PlayStation 4 irá custar R$ 4.000 no Brasil; veja qual o possível motivo
É isso: o PlayStation 4 será lançado no Brasil, no dia 29 de novembro, custando R$ 4.000. É um valor que está gerando perplexidade não apenas por ser alto – mas por ser quase o dobro do preço de seu principal concorrente, o Xbox One, que no Brasil sairá por R$ 2.200. As discussões sobre […]
É isso: o PlayStation 4 será lançado no Brasil, no dia 29 de novembro, custando R$ 4.000. É um valor que está gerando perplexidade não apenas por ser alto – mas por ser quase o dobro do preço de seu principal concorrente, o Xbox One, que no Brasil sairá por R$ 2.200. As discussões sobre o assunto têm gerado em torno de “quem vai comprar?”, ou “veja tudo o que dá para comprar com esse dinheiro”. São ótimos pontos. Gostaria de acrescentar alguns.
Atualmente, tanto a Sony quanto a Microsoft fabricam seus videogames no Brasil. Mas, com os novos consoles, não será assim – ao menos inicialmente, eles serão importados. Portanto, estarão sujeitos a uma alta carga tributária. Mas essa carga será a mesma para o PS4 e para o One, e portanto não explica a diferença de preços entre eles. Além disso, ao vender seu console por R$ 2.200, a Microsoft não parece estar subsidiando o aparelho (que nos EUA sai por US$ 500). Se você aplicar todos os impostos, chegará a um valor próximo do que está sendo pedido. E mesmo o preço americano não parece conter grandes subsídios – porque, ao contrário do que acontecia nas gerações anteriores, os novos videogames não trazem componentes caros e exóticos. Eles usam peças comuns de PC – que, no caso do Xbox One, custam em torno de US$ 325. E, no caso do PS4, não estão muito acima disso (na verdade, como ele não vem com uma câmera a la Kinect, especula-se que seu custo de produção seja mais baixo que o do rival).
Ou seja: é difícil encontrar uma explicação técnica, ou mesmo econômica, para o valor de R$ 4.000. Parece ser apenas uma decisão de negócios – como a da Apple, que elevou bastante o preço local do iPhone na passagem de uma geração para outra. No caso da Apple, funcionou. No caso da Sony, parece improvável – inclusive porque o valor é astronômico. Talvez tenham jogado o preço lá em cima porque a empresa tenha poucas unidades disponíveis para o Brasil no Natal, e queira faturar o máximo em cada uma. Um raciocínio do tipo “já que vamos vender pouco, porque temos pouco estoque, vamos enfatizar o aspecto aspiracional do produto.”
É altamente provável que, passado esse momento inicial, o preço do PS4 seja drasticamente reduzido. Não fazer isso seria entregar o mercado de bandeja para a Microsoft – e abandonar já no primeiro round a luta pela próxima geração de games.