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Por Bruno Garattoni
Vencedor de 15 prêmios de Jornalismo. Editor da Super.
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Varíola dos macacos sobe para nível de risco global “moderado”; casos triplicam em uma semana, e doença chega a 24 países

Cenário é pior do que o inicial, em que risco global era considerado baixo; número de infecções confirmadas alcança 424; ampla transmissão entre humanos "já está ocorrendo", afirma novo relatório da OMS

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Atualizado em 8 jun 2022, 17h37 - Publicado em 30 Maio 2022, 16h11

Cenário é pior do que o inicial, em que risco era considerado baixo; número de infecções confirmadas alcança 424; ampla transmissão entre humanos “já está ocorrendo”, diz novo relatório da OMS

Quando começaram a surgir os primeiros casos de varíola dos macacos, na segunda quinzena de maio, as autoridades de saúde foram unânimes. O European Center for Disease Control (ECDC) considerou “muito baixo” o risco para a população em geral. O Reino Unido também, e os EUA enxergaram risco “baixo”. Mas o novo relatório da OMS, publicado ontem (29), eleva o tom. “O risco global é classificado como moderado, considerando que esta é a primeira vez que casos e clusters de varíola símia são reportados simultaneamente em áreas totalmente diferentes”, afirma o documento.

O relatório destaca algo ainda sem explicação: a varíola dos macacos ter aparecido em locais sem nexo epidemiológico conhecido com seus focos tradicionais. Vários dos infectados, inclusive bem no começo da onda da doença, não haviam visitado os países africanos onde ela é endêmica, nem tido contato com pessoas provenientes deles. 

Em seguida, o texto traz uma observação relativamente preocupante: “o aparecimento súbito e o grande escopo geográfico de muitos casos esporádicos indica que a transmissão humano-humano em ampla escala já está ocorrendo”. Segundo a OMS, há “alta probabilidade” de que surjam mais casos “com cadeias de transmissão não-identificadas”.

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No dia 23 de maio, havia 112 casos confirmados da doença, em 16 países. Agora, uma semana depois, o número mais do que triplicou: chegou a 424 casos confirmados, em 24 países. Segundo a OMS, o número “provavelmente está subestimado”, já que “em muitos casos” a varíola símia tem apresentado “sintomas relativamente leves, com um rash cutâneo localizado e linfadenopatia [inchaço nos gânglios linfáticos], fazendo com que muitas pessoas não busquem ajuda médica”. A doença costuma ter mortalidade de 1%. Mas, na onda atual, ainda não há nenhum óbito confirmado.

Apesar disso, o relatório da OMS contempla a possibilidade de que a onda de varíola símia piore. “O risco à saúde pública pode se tornar alto se o vírus explorar a oportunidade de se estabelecer como patógeno humano e se espalhar para grupos sob maior risco de doença severa, como crianças pequenas e pessoas imunossuprimidas.” 

O texto também alerta sobre o “risco potencial aos profissionais da saúde”, que devem utilizar equipamentos de proteção (PPE) ao atender pessoas infectadas. Porém, a OMS não diz se eles devem usar máscaras, e também não entra na possibilidade de o vírus MPXV, que causa a varíola símia, ser transmissível pelo ar

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Tradicionalmente, o principal meio de contágio é através do contato físico com as bolhas que se formam na pele do infectado, ou com objetos que ele utilizou, como lençóis e toalhas. Também há suspeita de transmissão sexual ou em grupos específicos. Na semana passada, a OMS publicou um documento orientando homens gays e bissexuais a “evitar o contato próximo, incluindo sexual, com pessoas com casos suspeitos ou confirmados de varíola símia”. 

Mas o novo relatório ressalta que “uma grande parte da população é vulnerável ao vírus da varíola símia, já que a vacinação contra a varíola [comum], que confere alguma proteção cruzada, foi encerrada em 1980 ou antes”. Por isso, a maioria das pessoas abaixo dos 50 anos não foi imunizada.   

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