Aquele velho papo de que pessoas procuram parceiros amorosos semelhantes aos pais subiu um degrau na escala de proximidade familiar
Pesquisadores da Universidade de Northumbria em Newcastle e da Nottingham Trent University (ambas no Reino Unido), pediram que 32 mulheres enviassem fotos dos namorados e de seus irmãos.
Um grupo de voluntários foi, então, convocado para meter a colher na vida dos casais observados pela pesquisa. A tarefa era comparar a foto de um homem com a de outros quatro – sem a informação de que a primeira foto era do irmão de uma das participantes e de que um dos outros quatro caras era o namorado/cônjuge dela. Os voluntários deviam fazer uma escala de semelhança, apontando desde o mais parecido até o menos parecido com o irmão.
Em 27% das vezes, os voluntários apontaram o parceiro amoroso como sendo o mais parecido com o irmão (o esperado matematicamente era 25%). Somando os que indicaram o namorado como o primeiro ou segundo mais parecido com o irmão, o índice sobe para 59% (contra 50% esperados). Apenas 16% das avaliações consideraram o namorado como o menos parecido com o irmão (contra esperados 25%, mais uma vez).
Embora a amostragem numérica seja baixa (apenas 32 casais analisados), os resultados animaram os autores da pesquisa a investigar o porquê dessa controversa preferência. “O ponto é que temos tanta aversão ao incesto que a conclusão mais óbvia seria a de que não haveria chance de uma mulher escolher um parceiro que se parecesse com o irmão”, declarou, Tamsin K. Saxton ao PsyPost. “Mas não é isso que a pesquisa mostra”.
O estudo foi publicado no periódico Evolution and Human Behaviour.
Fontes: Northumbria University e Nottingham Trent University