O lançamento de Ghost Recon: Wildlands, produzido pela francesa Ubisoft, motivou o envio de uma ação formal da Bolívia para a embaixada da França. Na reclamação, o ministro do interior do país andino, Carlos Romero, afirmou que o jogo retrata o país de forma errônea e sob o controle de um cartel de drogas.
O game, que chegou às lojas no dia 7, mostra uma Bolívia que foi dominada por um cartel mexicano, transformando a nação em um grande “narco-estado” e a maior produtora de cocaína do mundo, com 2 bilhões de dólares semanais de lucro.
Apesar de a Ubisoft ter dito diversas vezes que Wildlands é um trabalho de ficção, a trama parece ter desagradado, e muito, o governo boliviano. “Nós temos os meios legais, mas preferimos ir primeiro pela rota da diplomacia”, diz o comunicado.
A desenvolvedora emitiu uma nota reafirmando o seu direito de criar obras ficcionais. “Tom Clancy’s Ghost Recon Wildlands é um trabalho de ficção, semelhante a filmes e shows de TV. Como todos os jogos da Tom Clancy’s feitos pela Ubisoft, o jogo acontece em um universo moderno inspirado pela realidade, mas os personagens, localizações e histórias são fantasias criadas somente por entretenimento”.
A companhia completa. “A Bolívia foi escolhida como pano de fundo por sua rica cultura e paisagens magníficas. Enquanto a premissa do jogo é baseada numa realidade diferente da existente na Bolívia hoje, nós esperamos que o mundo virtual chegue perto de representar a beleza topográfica do país e que os jogadores se divirtam explorando o diverso e aberto mundo que criamos”.