O monumento da “Chama Eterna”, localizado no vilarejo de Pereslavskoye, próximo a Kaliningrado, foi criado para homenagear os soldados soviéticos que lutaram na Segunda Guerra Mundial. Apesar do nome, a construção só era acesa em ocasiões especiais, e usava um tubo de gás para alimentar o fogo.
A tal “Chama Eterna”, então, foi substituída pelo desenho de um fogo numa cartolina branca. Segundo a Rossiya-TV, a televisão estatal da Rússia, a arte parece uma “piada ruim ou uma repressão silenciosa”. A ideia para a mudança, de acordo com Yevgeny Maslov, oficial que comanda a Agência Nacional para Herança Cultural, veio das autoridades locais. “Os gostos são divergentes”, afirma. O novo monumento, porém, será removido até o dia 9 de maio, data que celebra a vitória soviética sobre os nazistas.
Lugares desse tipo são comuns na Rússia, que ainda cultiva de forma intensa as memórias da Segunda Guerra Mundial. E as 4 mil “chamas eternas” espalhadas pelo país cumprem o importante papel de honrar aqueles que perderam a vida nos campos de batalha, mas somente um quinto dessas lamparinas fica acesa em período integral. Preocupado com essa situação, o presidente Vladimir Putin ordenou, em 2014, que o governo garantisse um suprimento ininterrupto de gás natural para alimentar as labaredas.
Com BBC