Como problemas de visão são diagnosticados em bebês, já que eles não sabem informar o que veem naqueles quadros de testes de consultório?
Felipe Generoso Martins, Florianópolis, SC

Que generoso da sua parte perguntar, Felipe.

Há dois testes mais comuns. O primeiro é o Teller, que avalia a reação do bebê a estímulos visuais com base no fato de que, ao encarar uma parede, focamos o olhar primeiro em manchas, riscos ou quadros – ou seja, padrões incomuns.

Funciona assim: uma placa com listras e outra com uma única cor são apresentadas ao mesmo tempo à criança. O olftamologista, então, confere se o bebê focando nas listras ou não. Ele segue mostrando placas com listras cada vez menores, até o pequeno deixar de apresentar preferência pelos padrões. As menores estampas vistas pela criança correspondem à precisão de visão dela.

O segundo teste, chamado de Potencial Visual Equivocado, consiste em colocar no bebê um par de óculos que disparam flashes para estimular a retina. Eletrodos fixados na cabeça medem a intensidade dos sinais elétricos que saem dos nervos ópticos para o córtex occipital, região do cérebro responsável pela visão. Quanto menor a intensidade do pulso, pior a visão do bebê.

Fonte: Gabriela Eckert, oftalmologista do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

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