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De quem é a responsabilidade pela gestação de gêmeos – do pai ou da mãe?

Depende: estamos falando de gêmeos dizigóticos (que são diferentes) ou monozigóticos (que são idênticos)?

Por Luisa Costa
14 jun 2021, 10h51

Para entender a contribuição da genética de cada membro do casal nas gestações de gêmeos, é preciso partir de uma diferenciação importante: entre os gêmeos monozigóticos e dizigóticos.

Os gêmeos monozigóticos são os gêmeos idênticos. Eles surgem a partir da fecundação de uma única célula reprodutiva feminina, o ovócito, por uma única célula reprodutiva masculina, o espermatozoide. O resultado dessa fecundação é o zigoto, que, neste caso, se divide em dois e dá origem a dois embriões. Os gêmeos monozigóticos são sempre do mesmo sexo e, de modo geral, compartilham o mesmo DNA.

Já os gêmeos dizigóticos não são idênticos e surgem a partir da fecundação de dois ovócitos por dois espermatozoides. Essa dupla fecundação dá origem a dois zigotos e, assim, a dois embriões. Como quaisquer irmãos, estes gêmeos compartilham cerca de 50% de seu DNA.

As gestações de gêmeos dizigóticos são principalmente “responsabilidade” da mãe, porque os fatores de suscetibilidade estão presentes na mulher. Um deles é a hiperovulação – a tendência de liberar mais de um ovócito mensalmente –, que aumenta a chance da dupla fecundação e, assim, da formação dos gêmeos não idênticos. Embora os homens possam carregar e transmitir os genes relacionados à hiperovulação, estes genes, é claro, só se manifestam nas mulheres. 

Então, um “histórico” de gêmeos dizigóticos na família de um homem não o torna mais propenso a ser pai de gêmeos – mas, isso sim, avô de gêmeos. Isso porque ele pode transmitir os genes da hiperovulação a suas filhas, que podem vir a manifestar essa característica e se tornarem mães de gêmeos dizigóticos.

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Além dos genes, outros fatores sabidamente influenciam a probabilidade de uma mulher se tornar mãe de gêmeos não idênticos, como sua idade, etnia ou uso de técnicas de reprodução assistida.

Por outro lado, os fatores que aumentam a probabilidade de gestações de gêmeos monozigóticos ainda não são conhecidos profundamente. É muito provável que esse tipo de gravidez seja responsabilidade tanto do pai quanto da mãe, ainda que em diferentes proporções. 

Esses bebês idênticos costumam aparecer em famílias que já possuem histórico, então é praticamente certo que genes estejam envolvidos no fenômeno – eles podem ter a ver com a implantação do embrião do útero, com níveis de cálcio no futuro bebê e uma série de outras variáveis… Essas são todas hipóteses, que ainda vão exigir muita pesquisa. 

Fonte: Sintia Belangero, professora do departamento de Morfologia e Genética da Universidade Federal de São Paulo

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