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É possível um carro provocar chamas na pista?

É possível que um carro deixe fogo no asfalto? Qual seria a velocidade para que isso aconteça? Diana Soares Magalhães, Januária, MG Alô, alô, Januária! Unfortunately, isso não é possível. O asfalto é um resíduo petrolífero viscoso e denso, e por isso um calor considerável, na forma de vapores, é necessário para que ele pegue […]

Por Oráculo
Atualizado em 21 dez 2016, 09h07 - Publicado em 5 fev 2015, 11h40

É possível que um carro deixe fogo no asfalto? Qual seria a velocidade para que isso aconteça?
Diana Soares Magalhães, Januária, MG

de-volta-para-o-futuro

Alô, alô, Januária! Unfortunately, isso não é possível. O asfalto é um resíduo petrolífero viscoso e denso, e por isso um calor considerável, na forma de vapores, é necessário para que ele pegue fogo. Sem fontes de calor e agentes de combustão, como gasolina ou óleo de motor, o pneu precisa atingir a chamada temperatura de ignição – ponto em que os materiais, desprendendo gases, incendeiam no contato com o oxigênio.

Segundo o físico Mauro Andreassa, membro de comissões técnicas da Sociedade de Engenheiros da Mobilidade (SAE Brasil), essa temperatura só é alcançada no asfalto quando o atrito do pneu no chão gera um aquecimento de algo entre 204 ºC e 315 ºC. Acontece que, mesmo se o carro for usado de forma abusiva, com muitas freadas e alta velocidade, o pneu só chegaria à aproximadamente 82ºC, bem longe do necessário para que o asfalto suba em chamas. E se a temperatura passar deste limite, a pressão interna gerada no processo de aquecimento causaria a explosão do pneu aos 140 ºC, 64 ºC a menos do que o necessário para um microvaporzinho gerador de fogaréu.

É o fim de qualquer possibilidade de rolar uma cena real e emocionante de Velozes e Furiosos. Maaaaaaaas se houver vazamento de combustível, tudo muda de figura, e algumas labaredas bem grandes podem aparecer. Esse fogo nas rodas é, inclusive, uma das causas mais comuns de incêndios em veículos de competição.

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Fontes: Mauro Andreassa, físico e membro da SAE Brasil, e Fernando Peruzzo, coordenador de produtos comerciais da Continental Pneus Mercosul; Confederação Brasileira de Automobilismo; Fernando Peruzzo, coordenador de desenvolvimento de produtos comerciais da Continental Pneus Mercosul.

 

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