Por que pernilongos picam algumas pessoas sempre e outras não?
Por que pernilongos picam algumas pessoas sempre e outras não? E como eles alcançam áreas cobertas do corpo? Lilian, Mogi das Cruzes, SP “Nem precisa tirar a roupa.” Ninguém é imune a picadas nem tem o sangue mais ou menos apetitoso. Mas, dependendo do dia, uma pessoa pode estar mais atrativa do que outras. Mosquitos […]
Por que pernilongos picam algumas pessoas sempre e outras não?
E como eles alcançam áreas cobertas do corpo?
Lilian, Mogi das Cruzes, SP
“Nem precisa tirar a roupa.”
Ninguém é imune a picadas nem tem o sangue mais ou menos apetitoso. Mas, dependendo do dia, uma pessoa pode estar mais atrativa do que outras. Mosquitos dependem de estímulos para escolher a vítima e são atraídos pela silhueta, pelos movimentos e pelo cheiro. Suar muito, veja só, produz ácido lático, cujo perfume é atraente para os insetos. O CO2 exalado na respiração também desperta interesse dos pernilongos, o que explica aquele torturante zumbido perto do ouvido à noite. O mesmo vale para o odor do pé, vulgo chulé.
Para se safar sem inseticidas ou repelentes, a estratégia é fazer o corpo cheirar diferente e confundir o inimigo: vale ingerir alho e cebola – alimentos cujo odor exala pela pele – ou usar loções, perfumes, desodorantes e cremes – nada específico, tem que testar.
Sobre ser picado por baixo da roupa, nem todo pernilongo é capaz dessa façanha. Algumas espécies que vivem em ambientes menos urbanos conseguem enfiar a tromba (ou probóscide) através das grossas peles de capivaras, preás, pássaros e macacos. Para esses, atravessar camisetas e até jeans é bico.
Fonte: Carlos Fernando Salgueirosa de Andrade, do departamento de Biologia Animal da Unicamp.