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Qual o festival de rock mais fracassado de todos os tempos?

Qual o festival de música mais fracassado de todos os tempos? Fernando Antunes, São Luís, MA Quem quase entrou em pânico por não conseguir ir embora por 3 intermináveis horas devido ao caos e à desorganização da primeira edição do SWU pode achar que esse festival foi péssimo. Mas nem dá para comparar com o […]

Por Oráculo
Atualizado em 21 dez 2016, 09h06 - Publicado em 27 abr 2012, 17h17

Qual o festival de música mais fracassado de todos os tempos?
Fernando Antunes, São Luís, MA

Quem quase entrou em pânico por não conseguir ir embora por 3 intermináveis horas devido ao caos e à desorganização da primeira edição do SWU pode achar que esse festival foi péssimo. Mas nem dá para comparar com o perrengue enfrentado pelos leais seguidores do Deus Metal no Maranhão no festival que polemizou semana passada. Os caras comeram o pão que o diabo Dio amassou.

Nós, que acompanhamos o périplo enfrentado pelos metaleiros…
(sempre que ouço esse termo metaleiro eu lembro da Leilane Neubarth:

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Bom, vamos lá que hoje é sexta e quero tomar um hidromel. Vocês acompanharam o périplo enfrentado pelos metaleiros no Metal Open Air, festival que teve o terceiro dia cancelado no último fim de semana, em São Luís, certo? Foi difícil encontrar um evento tão fracassado. Até mesmo aquele seu aniversário de 13 anos, todo inspirado em Fear of the Dark, sem nenhuma presença feminina, foi mais agitado.

Mas temos um forte concorrente: o Erie Canal Soda Pop Festival, que aconteceu em Bull Island, nos Estados Unidos, em 1972. Várias bandas sequer apareceram para tocar. E, entre elas, não estavam Fiuk ou Jota Quest. Estavam Black Sabbath e Joe Cocker. Só para contextualizar as mentes não amaldiçoadas por Tony Iommi: naquele ano da graça de 1972 – eu sei porque estava lá – o Sabbath vinha na sequência dos lançamentos dos seus 4 primeiros discos (a saber: Black Sabbath, Paranoid, Master of Reality e Vol. 4. Apenas isso). E o Joe Cocker era um dos cantores mais maneiros da época, emendando sucessos como Cry me a River e Feelin’ Alright. Agora, imagine a expectativa da molecada de nuca vermelha no meio dos EUA para ver esses malucos ingleses ao vivo?

E o Black Sabbath e o Joe Cocker não apareceram.

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A banda Giant até marcou presença, mas deu o show por encerrado após as primeiras músicas em virtude da má qualidade do som. Podia piorar? Podia.

Em meio aos 32km de congestionamento nas duas únicas vias de acesso ao festival, ficaram presos não só os quase 300 mil espectadores (bem mais que os 55 mil comportados pela estrutura), mas também músicos e fornecedores de comida e bebida. Um caminhão de mantimentos foi sequestrado e incendiado no caminho, fazendo os preços subirem estratosfericamente dentro do complexo do festival.

E choveu.

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O leito do rio Wabash, vizinho à festa, encheu e levou consigo a vida de pelo menos um fã (pelo menos!). Um segundo foi atropelado enquanto descansava em seu saco de dormir. Os poucos remanescentes, ao final dos 3 dias de desastre, puseram o palco em chamas antes de sair. A justiça foi feita, afinal.

Por tudo isso, o evento acabou sendo chamado de “o pior festival de música de todos os tempos”. E quem deu o nada nobre título foi Gibson, não aquele ator estranho e maníaco, mas a famosa fabricante de guitarras.

Lembre-se, sempre pode ficar pior.

Boa sexta-feita.

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