A Terra em debate
Apesar de a comemoração ser constantemente lembrada desde o ano passado – e durar até o ano que vem – hoje é o dia oficial de lançamento do Ano Internacional do Planeta Terra (AIPT ou IYPE, em inglês) – que começou às 9 da manhã no centro de operações da UNESCO, em Paris, e vai até o começo da tarde de amanhã. (Veja aqui porque o ano de 2008 foi escolhido para o evento.)
Além de governantes e representantes de órgãos internacionais, universitários de vários países do mundo também participam do lançamento e das discussões sobre as melhores formas de divulgar as pesquisas científicas em favor do planeta.
Os estudantes participaram de uma seleção feita pela UNESCO para a qual escreveram um artigo ou desenvolveram um trabalho criativo sobre um dos dez grandes temas do evento:
– Água Subterrânea;
– (Mega)cidades;
– Clima; da Crosta ao Núcleo da Terra;
– Desastres Naturais;
– Oceanos,
– Recursos (Naturais e Energia);
– Solos;
– Terra e Saúde e
– Terra e Vida.
Entre os 350 escolhidos, três brasileiros nos representam na França:
– Igor Kestenberg Marino, 20 anos, estudante de Geofísica da Universidade Federal Fluminense (UFF), – Francisco Ferreira de Campos, 18 anos, estudante de Geologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e
– Tamirez Nogueira Magalhães, 20 anos, estudante de Comunicação Social da UFF.
Igor fez um vídeo sobre a vida nos oceanos, enquanto Francisco criou um desenho em que representa a água como objeto de disputa entre os países e Tamirez retratou o caos urbano em uma megacidade, colocando o homem como responsável por melhorar sua própria qualidade de vida.
Em 2000, a União Internacional das Ciências Geológicas fez um levantamento sobre o conhecimento científico existente a respeito do nosso planeta e sua aplicação no dia-a-dia das pessoas e encontrou uma grande discrepância. O Tsunami, em 2004, e o furacão Katrina, em 2005, mostraram isso mais uma vez: estava na hora de colocar em prática o know how acumulado por 400 mil cientistas da Terra ao redor do mundo.
Foi assim que surgiu a idéia do Ano Internacional do Planeta Terra: uma data para conscientizar cidadãos e governantes de todo o mundo de que a ciência pode ajudar a salvar a Terra e melhorar a qualidade de vida de seus habitantes. E pode mesmo: com conhecimento científico é possível tomar decisões políticas mais eficientes e usar os recursos naturais sem desequilibrar o planeta. É preciso investir – e rápido! – nesse conhecimento, já que a população mundial deve aumentar em 40% até 2050.