Adesivo torna ser humano invisível aos mosquitos
Poucos insetos provocam tantos transtornos quanto eles. Além de coceira e possíveis reações alérgicas, estes pequenos voadores são transmissores de doenças como dengue e febre amarela. Só a malária infecta milhões de pessoas no mundo todo, principalmente crianças com menos de 5 anos em países pobres da África. Estima-se que a cada minuto uma delas morra por causa da moléstia.
Nossas atuais armas contra os mosquitos são repelentes, pílulas ou sprays com DEET, composto químico que utilizado em grandes quantidades pode trazer malefícios para nossa saúde.
Mas cientistas da Universidade Riverside, na Califórnia, descobriram uma maneira de enganar os insetos, ou seja, eles não conseguem sentir a presença do homem. Os mosquitos são atraídos aos seres humanos pelo dióxido de carbono que soltamos no ar.
Entretanto, a pesquisa da universidade americana concluiu que alguns odores naturais podem bloquear os receptores de CO2 dos insetos, fazendo com que os humanos se tornem invisíveis a eles. A substância bloqueadora testada foi o diacetil, subproduto gerado na fermentação da cerveja e do vinho. Em um grande experimento, o diacetil foi colocado em adesivos nas roupas de diversas pessoas. O resultado? Não houve ataques dos insetos.
O projeto foi realizado em parceria com a ieCrowd (Innovation Economy Corporation), organização que compra grandes descobertas acadêmicas na área de saúde e bem estar e as transforma em produtos que possam atingir milhares de pessoas.
O kite patch, nome do adesivo, recebeu apoio ainda da Bill and Melinda Gates Foundation e do National Institute of Health dos Estados Unidos. Além disso, mais de 10 mil pessoas ao redor do mundo ajudaram a viabilizar os testes através de crowdfunding. Os adesivos têm eficácia de 48 horas e não são tóxicos. Outras linhas do produto serão desenvolvidas.
Agora o kite pach será distribuído gratuitamente em Uganda, na África. Naquela região, cerca de 60% das crianças adoecem por causa da malária transmitida por mosquitos.
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Foto: Karunakar Rayker/Creative Commons e divulgação ieCrowd