Calor humano – vale mais do que mil watts
Imagine uma estação central de trens de uma cidade relativamente grande. Um espaço fechado, por onde mais de 250 mil pessoas passam diariamente. Cada uma dessas pessoas anda dentro da estação, gastando calorias, que são, basicamente, energia em forma de calor.
Essa energia geralmente se dissipa no ar, não? Mas um prédio localizado na cidade de Estocolmo, na Suécia, decidiu que era hora de utilizar toda essa energia de forma útil – neste caso, para aquecer esse novo edifício.
Para isso serão necessários tubos, água e bombas, nada muito tecnológico ou high-tech. A idéia é usar um sistema de calefação que mande o calor da estação para esquentar a água utilizada no prédio. O calor também aquecerá parte do prédio, que terá um pequeno hotel e algumas lojas, e deve ficar pronto no começo de 2010.
Para um edifício que deve custar alguns milhões de dólares para ficar pronto, esse sistema de aquecimento humano é bem baratinho, deve custar algo em torno dos 30 mil dólares.
Agora, se uma estação central da Suécia consegue reduzir os custos na calefação de um grande edifício em até 20%, imagina só o que um sistema como esse, montado na Estação da Sé, em São Paulo, – ou outras de igual grandeza, situadas em cidades brasileiras – poderia produzir de energia… Ótima alternativa para tempos como este em que se discute o apagão.