Chove chuva!
Muito se falou – e ainda se fala – sobre os DNAs dos humanos. Depois de iniciado o Projeto Genoma, todos ficam com a curiosidade para saber exatamente quais informações poderão ser descobertas a partir desse material genético. Existe até uma rede social focada somente nessas informações. Agora, já pensou em descobrir o DNA da chuva?
Gérard e Margi Moss são os pais do projeto Rios Voadores, que tenta descobrir qual o “material genético” das chuvas que caem pelo país. Dessa forma, eles pretendem aprofundar os estudos sobre o transporte do vapor d’água da Bacia Amazônica para as outras regiões do país.
Mas para que saber o DNA das chuvas? É a forma encontrada para descobrir o efeito que a alteração nas chuvas da Amazônia pode provocar, por exemplo, no abastecimento de energia hidroelétrica na região sudeste. E essas alterações – adivinhe? – acontecem principalmente por causa do desmatamento da floresta amazônica.
A quantidade de água que trafega pelos ares é impressionante. O projeto se chama “rios voadores” justamente por causa disso. A quantidade de vapor d’água transportado pelas massas de ar tem volume que pode ultrapassar a vazão de todos os rios do Centro-Oeste, Sul e Sudeste do Brasil.
O casal faz vôos mensais para coletar amostras até a conclusão do projeto, prevista para o final do ano. O avião tem um equipamento de recolhe o ar do ambiente e joga-o em um tubo de vidro que é resfriado para condensar a umidade em um gota de água. Depois, eles fazem a análise do fracionamento isotópico para descobrir a procedência da massa de ar coletada.
Quem diria?