Enciclopédia da vida

Há mais de 250 anos, cientistas vêm catalogando espécies de seres vivos pelo mundo de forma isolada. Imagine quanta informação não existe espalhada por aí!

Mas essa situação está prestes a se transformar: agora, internautas de todo o mundo podem acessar um único site e presenciar uma verdadeira explosão de vida e diversidade. Foi lançado, ontem, o maior catálogo online de organismos vivos existentes no mundo.

Por enquanto, a Enciclopédia da Vida (EOL, na sigla em inglês) reuniu 30 mil espécies, mas pretende que esse número atinja, nos próximos 10 anos, 1,8 milhões.

Cada espécie terá a sua própria página e, o mais legal, além de informações, o site vai trazer fotos, vídeos, sons, mapas locais e outros recursos multimídia em cada uma – coisa que os avanços tecnológicos dos últimos cinco anos tornaram viáveis.

Entre os verbetes, circulam seres vivos de todos os seis reinos em que os organismos são cientificamente divididos – incluindo os vírus (que muita gente nem considera vivo por não ter célula). Além das espécies existentes – e até descobertas há pouco –, aquelas recentemente extintas também vão compor o banco. No futuro, talvez até os fósseis estejam presentes.

As informações estão sendo adquiridas a partir de sites já utilizados pela comunidade científica, como o AmphibiaWeb e o FishBase. Os usuários também vão poder enviar fotos e informações ao site, mas elas só serão incluídas depois de analisadas por uma equipe especializada.

Por enquanto, o site está disponível só em inglês e francês, mas a idéia é que ele seja traduzido para vários idiomas.

Com dados que interessam desde crianças até cientistas, só ontem foram mais de 11,5 milhões de acessos. Os organizadores desejam que, no futuro, todos os sites sobre qualquer espécie do planeta tenham um hiperlink para a página da Enciclopédia da Vida.

Vai ser legal ver tanta gente ao redor da mesma causa: cuidar da vida na Terra, em todas as suas formas de manifestação.

Em tempo: esse bichinho fofo aí da foto é um caranguejo de patas peludas, descoberto no ano passado nas águas do Pacífico Sul.