Excesso de orvalho pode matar… a sede
Acredite se quiser: o sereno da madrugada e o orvalho matinal que ficam nas folhas e nas teias de aranha serviram de inspiração para dois arquitetos criarem um novo sistema coletor de água.
Joseph Cory, da empresa Geotectura, e Eyal Malka, da Malka Arquitetos, são os criadores do “WatAir” (mistura das palavras água e ar, em inglês), um sistema que recebeu prêmio na competição “Coletando água”, idealizado pela entidade filantrópica internacional WaterAid.
A idéia do coletor é bem simples. Uma estrutura em formato de pirâmide invertida é suspensa sobre um poço ou tanque coletor. Os painéis da estrutura capturam o orvalho, que então desliza para o tanque coletor.
O interessante é que o WatAir pode ser inteiramente montado com produtos recicláveis. Os painéis e a estrutura do coletor podem ser feitos usando tecido elástico simples, metal, vidro, plástico, alumínio e, até mesmo, bambu.
Um coletor de aproximadamente 96 metros quadrados pode coletar até 48 litros de água por dia. Pode não parecer muito, mas com algumas unidades instaladas pode-se criar uma grande estrutura coletora, que ajudará comunidades carentes em diversas partes do mundo – isso porque o orvalho se forma em qualquer local aberto, apenas variando sua intensidade.
O WatAir também pode ser suspenso em árvores e, de acordo com seus criadores, ainda serve para produzir sombra. Por tudo o que oferece, é uma grande invenção. Além de utilizar pouca tecnologia, também tem baixo custo. Nada mais inspirador do que transformar o orvalho matinal em água já que as previsões sobre a água não são nada animadoras. Toda boa – e eficiente – idéia é bem-vinda.
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