Jovens brasileiros na conferência de mudanças climáticas, em Varsóvia
Comprometidos em ajudar a garantir que os interesses dos jovens sejam ouvidos, doze brasileiros participam da 19ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP19 (que começou no dia 11 e vai até 21/11, em Varsóvia, na Polônia) com a missão de atuar como Delegação Jovem do Brasil, iniciativa das ONGs Engajamundo* e Viração Educomunicação*, com diversos parceiros.
O número de representantes é pequeno. Mas a boa notícia é que todos os brasileiros podem participar da COP19, mesmo à distância. Isso porque está rolando, no site da Agência Jovem de Notícias*, uma cobertura colaborativa de tudo o que é discutido na conferência, desde o primeiro dia. No site há posts sobre as sensações e expectativas do encontro mundial, o relato do plantio de quatro mil árvores pelos jovens e comentários sobre o tocante discurso do chefe da delegação filipina que declarou – em prantos! – greve de fome.
As conferências do clima acontecem todos os anos e são organizadas pela ONU. A COP19 reúne representantes de 193 países para debater os rumos do Protocolo de Quioto e alcançar um novo acordo que diminua as emissões de gases de efeito estufa no meio ambiente (Leia o post COP19 do Clima: empenho e resiliência são as palavras de ordem, do Blog do Clima do Planeta Sustentável).
Quer saber o que você tem a ver com isso?
À primeira vista, a discussão pode parecer chata e restrita a especialistas. Mas os jovens são os principais atingidos pelas decisões dos países nesses encontros! Afinal, são eles quem verão as mudanças serem colocadas em prática e que arcarão com as consequências – para o bem ou para o mal. Apesar de o Brasil estar no ranking vergonhoso dos dez maiores emissores do planeta, a população jovem ainda tem participação pequena e a delegação brasileira é basicamente composta por representantes de governos e empresas, preocupados com os impactos diretos das decisões tomadas na COP, dizem os organizadores das duas ONGs jovens.
Por isso, a delegação de jovens ficará de olho em tudo o que o governo brasileiro decidir na Conferência, garantindo que a juventude seja levada em conta nos compromissos. “Vamos tentar acompanhar o negociador brasileiro de perto”, destaca Rachel Rosenberg, do Engajamundo. E completa: “Não vamos levar nossos pontos de vista pessoais, mas de muitos jovens do Brasil que não estarão com a gente na Polônia”.
Mas o trabalho desses jovens não acaba aí! Depois da conferência, virá o mais importante: cobrar os governantes para que coloquem em prática o que assumiram no exterior. Afinal, é bem mais difícil assinar acordos a esmo sem a intenção de cumprir sabendo que tem gente interessada fiscalizando, não é mesmo? E isso deve ser feito também pela sociedade já que a intenção desse grupo é engajá-la nessa mobilização por meio desse trabalho.
*Engajamundo
*Viração Educomunicação
*Agência Jovem de Notícias
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