Lacre a carteira
Um dos pôsteres da campanha do Dia Sem Compras no ano passado. Em tradução livre: “Eu quero que você freie o seu consumo. 24 de novembro é o Dia Sem Compras”
Buy nothing
Buy nothing
Buy nothing
Buy nothing
Buy nothing
Buy nothing at all*
Boa a música, né? Parece até lavagem cerebral. Mas o tema é interessante. Deixar de comprar qualquer coisa durante 24h. Desde 1997, na última sexta-feira de novembro, o Dia Sem Compras (Buy Nothing Day, em inglês) acontece em mais de 65 países.
Para quê? Para que as pessoas possam refletir sobre o consumo desenfreado e irresponsável. Segundo uma pesquisa da revista científica britânica News Scientist, quanto mais bens as pessoas possuem, mais elas querem comprar, com a ilusão de que aquilo as tornará mais felizes. É um ciclo sem fim! Os norte-americanos até denominaram esse vício de shopoholic (ou “shopólatra”).
O movimento começou em 1992, em Vancouver, Canadá, criado pelo artista Ted Dave, que organizou o dia em setembro. Há 10 anos, a fundação Adbusters ficou responsável por internacionalizar o movimento e adiar a data para o período mais consumista do ano: o mês anterior ao Natal.
A idéia, de acordo com os organizadores, é que se considere o dia como um feriado familiar, em que se deixe de pensar nos bens materiais e passe a reflitir, contemplar e…viver! Passeie pela rua, ande de bicicleta, passe mais tempo com seus pais, enfim, faça atividades relaxantes e, por que não?, normais.
Evitar o desperdício é um bom começo para ajudar o planeta. Quanto mais coisas consumimos, mais lixo é produzido e mais complicado será para se livrar dessa tralha. Além do que, quando deixamos de adquirir algo que não precisamos, a empresa poluirá menos, pois não precisará repôr aquela peça.
Enquanto o dia não chega, siga cantando:
Buy nothing
Buy nothing
Buy nothing
Buy nothing
Buy nothing
Buy nothing at all
* tradução: não compre / não compre / … / não compre nada