Projeto Cubatão 2020
Hoje, vários pontos da Região Metropolitana de São Paulo indicavam qualidade inadequada do ar, segundo a Cetesb. Tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta são sintomas “normais” em dias como esse. A qualidade do ar, medida hoje em Cubatão industrial, foi considerada regular. A cidade, que já foi apontada a mais poluída do mundo, deu a volta por cima depois do Programa de Controle da Poluição Ambiental, iniciado em 1983.
A fonte de poluição de Cubatão – principalmente originada em seu pólo siderúrgico e petroquímico – é diferente da de São Paulo. Por aqui, carros, caminhões, ônibus e motos são os principais vilões, representando 92% da poluição atmosférica da região. E a emissão de poluentes não pára de crescer: 5%, em média, por ano. Todos os dias, são 870 veículos a mais circulando pela cidade, ou 317 550 por ano. Problema para a saúde pública, para o trânsito, para a chuva ácida, para os pulmões, narizes e gargantas. Insustentável.
Se continuarmos emitindo toneladas e toneladas de monóxido de carbono, hidrocarbonetos e muitas outras partículas de nomes ameaçadores, podemos ter um futuro nada animador. Segundo o Instituto de Climatologia da USP, em 2020 respiraremos o mesmo ar poluído que respirava Cubatão – quando ela era a capital da poluição, ou o Vale da Morte. Animador, não? Desse jeito, quem sabe, em 2040, consigamos alcançar o ranking das 10 cidades mais poluídas do mundo do Blacksmith Institute?
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