ReCaptcha: o que você digita na internet pode ajudar a digitalizar livros
Até pouco tempo atrás, o Captcha – a ferramenta anti-spam que nos obriga a digitar as palavras de uma imagem na internet – não tinha outra finalidade senão diferenciar computadores e humanos. Diariamente, cerca de 200 milhões de Captchas são resolvidos em, aproximadamente, 10 segundos cada. Isso significa que as pessoas perdem, todos os dias, mais de 550 mil horas com a tarefa – que não é lá das mais legais, não é mesmo?
Já que para garantir a segurança da web é preciso, de qualquer maneira, digitar as palavras, por que não aproveitar o esforço das pessoas para gerar algo bom, como digitalizar livros? Com essa ideia, nasceu o projeto ReCaptcha*, do guatemalteco Luis von Ahn – não coincidentemente, um dos criadores do Captcha.
Como o que você digita pode facilitar essa tarefa? Antes de responder a esta pergunta, é preciso saber que existe um processo automático que digitaliza livros. Porém, esse sistema não é à prova de falhas e, muitas vezes, não consegue reconhecer algumas palavras de obras mais antigas.
É aí que entra a sua ajuda. O ReCaptcha usa duas palavras:
– uma que conhece (assim julga se você é humano ou máquina) e
outra que não compreende.
Ao gastar apenas 10 segundos de seu tempo para decifrar a palavra, internautas de todos os cantos do planeta podem contribuir para o mundo ter mais livros digitais.
Estima-se que mais de 750 milhões de pessoas – aproximadamente 10% da população mundial – já tenham ajudado a digitalizar, pelo menos, uma palavra. Por dia, cem milhões de palavras são digitadas na ferramenta. O que equivale a 2,5 milhões de livros por ano!
Saiba mais sobre o projeto na palestra de von Ahn no TED, abaixo (em inglês, ou veja com legendas em português no site do TED):
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=-Ht4qiDRZE8?feature=oembed&w=474&h=267%5D
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